09 dez, 2018 - 09:31 • Lusa
O cabeça de lista da Aliança às europeias e conselheiro do Presidente, Paulo de Almeida Sande, dá por encerrada a polémica em torno da sua candidatura, mas admite ser percecionado como 'uma voz de Belém' na campanha eleitoral.
Em entrevista à agência Lusa, quanto questionado sobre a possibilidade de haver eleitores que o possam encarar como um "mensageiro de Belém", Paulo Sande reconhece que pode acontecer. "As pessoas podem encarar assim, é uma realidade que isso pode acontecer, mas não deve acontecer. Eu farei os possíveis para explicar isso", sublinha.
E recorre ao quadro legal para justificar o facto de ser candidato assumido e permanecer em Belém. "Se não houvesse esta lei, ninguém independente podia participar nestas coisas. E se há coisa que, honra seja feita ao doutor Pedro Santana Lopes, é que convidou uma pessoa que não tinha vida partidária nenhuma", justifica.
"O senhor Presidente não tem nada a ver com isto. Rigorosamente nada. O senhor Presidente, naturalmente, aceitou aquela que foi a minha explicação", acrescenta, assegurando que, até à apresentação da lista, "pelo menos", não irá fazer campanha político-partidária, irá apenas explicar o que pensa sobre a Europa.
Meta da Aliança: três ou quatro eurodeputados
Paulo Sande admite que o resultado das eleições 26 de maio será decisivo para o futuro do partido, mas manifesta a convicção de que é possível eleger "três ou quatro" eurodeputados.
"Julgo que a Aliança tem direito a acreditar que pode eleger mais do que um deputado, eventualmente dois, talvez três. Eu diria que entre três e quatro seria um número aceitável. Seria uma boa meta. Se for mais, fantástico. Se for menos, enfim, não é derrota nenhuma", comenta o cabeça de lista.
Questionado se o resultado neste primeiro embate eleitoral poderá determinar a dinâmica do partido criado pelo ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, pela positiva ou pela negativa, o cabeça de lista da Aliança concorda e reconhece uma "eleição decisiva".
"Claro que tenho essa consciência, uma consciência pintada de responsabilidade", assume, já depois de afirmar: "Sei que para a Aliança este é um momento decisivo. Isso acresceu à responsabilidade que já sentia".