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Rui Rio quer adiar o mais possível o anúncio das listas para eleições europeias

19 set, 2018 - 17:23

"Se entrarmos em pré-campanha agora, estamos um ano em campanha pré-eleitoral. Para Portugal, é mau", argumenta o líder do PSD.

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O presidente do PSD, Rui Rio, pretende adiar o mais possível o anúncio das listas do partido às eleições europeias, uma vez que o clima de campanha eleitoral é “mau” para Portugal.

“Eu gostaria que, quer para as legislativas, quer para as europeias, o clima de campanha eleitoral fosse o mais adiado possível, porque acho que é mau para Portugal se os partidos entram cedo de mais num clima de pré-campanha”, disse Rio, em Salzburgo, onde se deslocou para participar na reunião do Partido Popular Europeu (PPE).

Com Paulo Rangel, o atual líder da delegação do PSD ao Parlamento Europeu, ao seu lado, Rui Rio disse pretender gerir de forma coerente o dossier do cabeça de lista às eleições europeias, tentando que o clima de pré-campanha, “que vai existir”, aconteça “o mais para a frente possível”.

“Nós temos eleições legislativas daqui a um ano, as europeias em maio... Se entrarmos em pré-campanha agora, estamos um ano em campanha pré-eleitoral. Para Portugal, é mau. Eu procurarei gerir os momentos de acordo com este princípio, que eu acho vital”, reforçou, antecipando, contudo, que este anúncio não acontecerá a “um ou dois meses” das eleições marcadas para maio.

Perante a insistência dos jornalistas sobre o tema, o líder social-democrata admitiu que a escolha do cabeça-de-lista do PSD às europeias é algo que lhe vem à cabeça “de vez em quando”.

“Se não me viesse à cabeça, lá tratariam de me meter na cabeça para eu pensar”, concluiu, sem querer alongar-se sobre se haverá ou não alterações no elenco de eurodeputados: “Logo se verá."

Santana "está no seu direito"

Em Salzburgo, o presidente do PSD foi também confrontado com a constituição formal do Aliança, o novo partido liderado por Santana Lopes, tendo declarado que, embora “não concordando” com a posição do antigo líder do PSD, ele está “no seu direito” ao fundar o partido.

“Tudo o que tenho a dizer sobre a saída do doutor Santana Lopes do PSD já falei. Não foi muito, mas é o pouco que me oferece dizer. Embora não concordando, olho para a posição do doutor Santana Lopes de sair do partido com respeito. Está no seu direito”, sustentou

O antigo primeiro-ministro entregou, esta quarta-feira, “mais de 12 mil assinaturas” no Tribunal Constitucional para iniciar o processo de formalização do novo partido Aliança, que quer entre “os maiores partidos da política portuguesa”.

Comentários
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  • goya
    19 set, 2018 lisboa 19:24
    Não quer fazer listas porque desconhece a debandada do PSD para a ALIANÇA e também tem que definir nomes e poderá ter rebelião no parlamento total.Um líder de um partido com deputados de costas voltadas será um líder fantasma ,perderá qualquer tipo de intervenção na assembleia da republica.Aliaz a indefinição nos midia traduz o facto de não ter poder real .Os deputados do PSD podem desligar-se e tornarem-se independentes ,não podem ser despedidos pelo líder que nem sequer foi a votos eleitorais.

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