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Guerra na Síria

Exército da Síria anuncia libertação "total" de Damasco e arredores

21 mai, 2018 - 14:54

Forças de Assad e militantes do autoproclamado Estado Islâmico estavam em luta pelo território desde meados de abril.

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O Exército sírio reivindicou esta segunda-feira a reconquista dos bairros do sul de Damasco que estavam sob o controlo do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) e proclamou a capital síria e territórios circundantes "totalmente seguros" e "livres de qualquer presença" de "terroristas".

Numa declaração transmitida pela televisão estatal síria, o general Ali Mayhoub garantiu que as Forças Armadas capturaram os antigos bastiões do Daesh no bairro do campo palestiniano Yarmouk e no de Hajar al-Aswad, após uma campanha militar que durou cerca de um mês.

Na prática, as reconquistas hoje firmadas pelas tropas do Presidente Bashar al-Assad significam que o Governo e as Forças Armadas voltam a dominar a totalidade da "Grande Damasco", que estava nas mãos do Daesh e de grupos rebeldes desde o início da guerra civil, em março de 2011. "Damasco e arredores estão totalmente seguras", garantiu o comandante das tropas sírias.

Os confrontos a sul de Damasco deixaram dezenas de mortos em ambos os lados e provocaram grande destruição no bairro do campo de Yarmouk, construído numa área residencial, e nos seus seis arredores.

O anúncio de Mayhoub ocorre pouco depois de o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) ter anunciado que cerca de 1.600 pessoas, entre as quais membros do Daesh e seus familiares, foram retirados nas últimas horas do sul de Damasco sob um acordo firmado com as autoridades do país.

O grupo partiu a bordo de 32 autocarros, o primeiro dos quais abandonou o local no domingo e o segundo esta madrugada, ambos com destino ao deserto do leste da Síria.

A saída dos combatentes, que foram autorizados a transportar consigo armas leves, foi supervisionada pela Rússia, aliada de Damasco, e faz parte de um acordo alcançado no sábado com as autoridades sírias depois de um mês de combates na zona, informa o OSDH.

O Governo sírio ainda não confirmou as negociações com os rebeldes, limitando-se a informar que, desde o passado domingo, foi permitida a retirada de crianças, mulheres e idosos desta zona "por razões humanitárias".

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