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Ministro da Defesa diz que a sociedade não entende o papel das Forças Armadas

01 dez, 2018 - 18:35 • Sandra Afonso

João Gomes Cravinho explicou que há uma "vontade clara" do Governo de apostar na atualização e transformação das Forças Armadas" para que estejam devidamente habilitadas a corresponder aos desafios com que nos confrontamos".

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Durante as cerimónias do 1º de Dezembro, João Gomes Cravinho lembrou que vivemos num clima de incerteza internacional em que é preciso actualizar as Forças Armadas, e, por isso, é cada vez mais importante esclarecer a sociedade.

"Permanece na nossa sociedade um enorme deficit de conhecimento e de compreensão do papel das Forças Armadas, que só pode ser ultrapassado com um debate amplo e inclusivo sobre os caminhos a prosseguir no atual contexto internacional de grande incerteza. Há uma vontade clara do Governo português, e em particular do Ministério da Defesa, de apostar na atualização e transformação das Forças Armadas para que estejam devidamente habilitadas a corresponder aos desafios com que nos confrontamos", explicou.

O Ministro da Defesa lembrou ainda que Portugal enfrenta hoje novos e diferentes desafios.

"Hoje, os desafios que se colocam a Portugal são globais. Incluem-se aqui os efeitos das alterações climáticas, a fragmentação do poder, os profundos e ainda misteriosos impactos das alterações tecnológicas, ou os fenómenos das narrativas radicais. A estes juntam-se riscos inerentes à crescente competição entre grandes potências, a competição pelos bens comuns da humanidade como os oceanos ou o Ártico, ou a construção de muros e novas formas de separação, entre outros. Estes fenómenos globais condicionam hoje a nossa vida soberana e representam ameaças e desafios à nossa ambição de vida coletiva", afirmou Gomes Cravinho.

Também presente nas cerimónias do 1º de Dezembro esteve o presidente da Câmara de lisboa, Fernando Medina, que defendeu o Portugal universal que herdámos, contra a actual Europa dos nacionalismos agressivos e populismos violentos.

"É nas horas de grandes mudanças e perigos, em que muito parece posto em causa, que devemos ter pontos de apoio consistentes e sustentáveis. E o primeiro desses pontos de apoio é a consciência do que fomos, do que somos e do que queremos ser. Somos tanto mais portugueses quanto mais universalistas formos. Numa Europa, em que a mistura explosiva dos nacionalismos agressivos e dos populismos violentos ameaça os nossos valores fundamentais e os nossos princípios constitutivos, temos o dever, como portugueses, europeus e cidadãos do mundo, de reafirmar os grandes ideais da liberdade, do progresso, da solidariedade e da paz", lembrou o autarca de Lisboa.

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