28 nov, 2018 - 12:45
Bruno Costa Carvalho considera que, se Luís Filipe Vieira não mudar de treinador, pode ser o Benfica a mudar de presidente.
Em declarações a Bola Branca, o antigo candidato à presidência dos encarnados considera que este é um cenário que se pode tornar real. Se Vieira não conseguir interpretar a vontade dos adeptos, que é o despedimento de Rui Vitória, poderá ficar com o lugar em risco.
"Se o Vieira não mudar de treinador, se calhar o Benfica muda de presidente. Tudo é possível. A história do Benfica prova que isso tudo é possível. Ninguém está a salvo de nada, porque quem manda no Benfica são os sócios, por isso, se o presidente não conseguir interpretar o sentimento dos benfiquistas, claro que pode acontecer", atira.
Bruno Costa Carvalho admite que Luís Filipe Vieira tem um elevado "capital de simpatia" junto dos benfiquistas. Contudo, incomoda-o a sensação de que o presidente encarnado pensa que é intocável.
"Sente-se que ele [Vieira] acha que vai ser eleito as vezes que quiser e vai ser presidente do Benfica o tempo que quiser. As coisas não são assim, a história do Benfica não é assim. Esse sentimento de que é intocável pode estar a perturbar e nunca é positivo haver alguém que se acha intocável."
O antigo candidato salienta o "instinto de sobrevivência" de Luís Filipe Vieira, pelo que não acredita numa eventual mudança de liderança no Benfica. Ainda assim, assinala que o líder encarnado "tarda muito em ver o óbvio, que está à vista de toda a gente", segundo Bruno Costa Carvalho. "Rui Vitória não tem condições nenhumas para prosseguir no Benfica."
Confrontado com a possibilidade de Vieira estar "à espera" de Jorge Jesus para despedir o atual técnico, Bruno Costa Carvalho sublinha que "o mundo não tem só Rui Vitória e Jorge Jesus como treinadores". Na ótica do antigo candidato, o Benfica deve começar a "pensar de maneira diferente e abrir uma nova página o mais rapidamente possível".
"O que eu sinto, neste momento, é uma enorme contestação dos sócios do Benfica. Se o presidente não agir, pode haver consequências desagradáveis para ele", sentencia Bruno Costa Carvalho.