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Caso BPN. Doze anos de cadeia para Oliveira e Costa, seis para Arlindo de Carvalho

12 nov, 2018 - 11:27

Sentença foi comunicada pelo presidente do coletivos de juízes. Arlindo de Carvalho e Oliveira a Costa estavam acusados de burla, abuso de confiança e fraude fiscal.

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O antigo ministro Arlindo de Carvalho, o ex-banqueiro Oliveira e Costa e José Neto foram condenados num processo ligado ao caso BPN. Ricardo Oliveira foi absolvido. A sentença foi lida pelo presidente do coletivo de juízes devido à greve dos oficiais de justiça.

Arlindo de Carvalho foi condenado a seis anos de prisão por burla qualificada e fraude fiscal e Oliveira e Costa a 12 anos de prisão por dois crimes de burla. Dos oito arguidos singulares do processo e sete foram condenados a penas de prisão por burla e fraude fiscal.

Nas alegações finais, em outubro de 2017, o Ministério Público (MP) pediu a condenação a prisão efetiva para o antigo ministro da Saúde Arlindo Carvalho, bem como para Oliveira Costa e restantes arguidos, deixando ao critério do coletivo de juízes a medida da pena a aplicar.

Na altura, o procurador João Paulo Rodrigues deu como provados todos os factos que constam do despacho de pronúncia e entendeu ainda não estar prescrito o crime de fraude fiscal qualificada que envolve Arlindo Carvalho, o sócio deste na imobiliária Amplimóveis, José Neto, e outros arguidos.

O MP considera que, a partir do ano 2000, Oliveira e Costa, Francisco Sanches (ex-administrador do BPN) e Luís Caprichoso decidiram alargar os negócios do grupo BPN a setores não financeiros, designadamente imobiliário, turismo e novas tecnologias, como forma de escapar à supervisão do Banco de Portugal.

A acusação entende que este trio de administradores utilizou "terceiros de confiança" para atuarem como "fiduciários" em projetos de investimento, que na realidade pertenciam e eram comandados pelo grupo que dirigia o Banco Português de Negócios (BPN).

O MP sustenta que Arlindo de Carvalho e José Neto terão recebido indevidamente cerca de 80 milhões de euros do BPN e do Banco Insular de Cabo Verde na qualidade de homens de confiança em negócios dirigidos à distância por Oliveira Costa e outros dirigentes do BPN/Sociedade Lusa de Negócios (SLN).

Oliveira Costa já foi condenado em primeira instância a 14 anos de prisão no julgamento do processo principal do caso BPN, mas a decisão, alvo de recursos, ainda não transitou em julgado.

Neste processo em separado, Oliveira Costa responde por crimes de burla qualificada (ou de elevado valor) e por fraude fiscal qualificada, praticados em coautoria com outros arguidos.

Comentários
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  • Rui Palmela
    14 nov, 2018 Setúbal 06:51
    Até hoje hoje nenhum banqueiro criminoso foi detido nem se encontra na prisão apesar de roubos de milhares de milhões dos depositantes que os portugueses tiveram de pagar de seu bolso enquanto esses LADRÕES andam à solta com dinheiro suficiente para pagarem 'bons advogados' que os protegem e ficam ilibados, quando ambos deviam ir para a prisão. Seria assim feita JUSTÇA verdadeiramente e essa será feita certamente no dia de uma verdadeira Revolução.
  • 13 nov, 2018 aldeia 07:39
    E os OUTROS?porque se safaram?
  • José Cruz Pinto
    13 nov, 2018 ILHAVO 04:53
    Só ?! E o dinheiro - quem ficou com ele ?
  • FERNANDO MACHADO
    12 nov, 2018 PORTO 22:43
    QUEM É QUE VAI PARA A CADEIA, QUEM É ? ALGUM (I)RESPONSÁVEL DO BANCO DE PORTUGAL ??
  • Filipe
    12 nov, 2018 évora 21:52
    As Sentenças de 1ª Instância são proferidas por gente imatura na carreira , gente que está a aprender a nadar e sabido tanto como provado que quando se recorre não é para pedir por favor para baixar a pena , recorre-se em Portugal quer na Europa para afirmar os erros dessa gente imatura , que até deviam descontar na progressão dessas carreiras de luxo . Um músico que grava no You Tube nada tem haver com a carreira de 30 ou mais anos de discos editados , como os existe . Comparamos Pink Floid com Atirei o pau ao Gato ... a Justiça é igual . Magistrados de 1ª Instância nada tem haver com Magistrados do tribunal Constitucional ... falta crescerem por dentro .

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