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Exploração de mina de urânio junto a Portugal já não vai avançar

22 out, 2018 - 21:39

Em causa está a falha na entrega do estudo de impacto ambiental e dos resultados da consulta pública.

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O Governo espanhol confirmou esta tarde o abandono do projeto da mina de urânio em Alameda de Gardón, Salamanca, localidade próxima da fronteira com Portugal.

Em resposta ao senador Carles Mulet, o executivo espanhol adiantou que "o Ministério para a Transição Ecológica não recebeu nem o estudo de impacto ambiental, nem o arquivo de informações públicas para o início da fase ordinária de avaliação ambiental".

Citado pela agência noticiosa Efe, o mesmo comunicado adianta ainda que também os resultados da consulta pública não chegaram a ser entregues ao Governo.

O projeto "Salamanca" foi desenvolvido pela empresa Barkeley e previa um investimento total de 250 milhões de euros. O início da atividade estava previsto para 2019 e a empresa anunciou a criação de 450 postos de trabalho diretos e 2.000 indiretos.

Nos últimos meses têm-se repetido protestos contra o avanço do projeto e o mais recente teve palco em Vitigudino, Salamanca, no passado fim-de-semana. Também Portugal se juntou à plataforma Stop Urânio, que já reagiu à notícia, relembrando que apesar do marco positivo, a mina de urânio continua a ser usada como “chamariz" para a empresa promotora, Barkeley.

Já este ano a Agência Portuguesa do Ambiente considerou que o projeto de exploração mineira de urânio em Retortillo seria "suscetível de ter efeitos ambientais significativos em Portugal", pela proximidade com a fronteira.

Em maio, os ministérios portugueses do Ambiente e dos Negócios Estrangeiros garantiram que Portugal seria envolvido no processo.


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