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França. Companheira de atacante morto suspeita de radicalização

26 mar, 2018 - 09:48

Ataque de sexta-feira fez quatro mortos em Carcassone. Redouane Ladkim, de 26 anos, foi morto pela polícia.

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A companheira do atacante jihadista Redouane Ladkim, detida após o ataque de sexta-feira que fez quatro mortos em França, é suspeita de radicalização, noticiou a agência France Presse.

A jovem de 18 anos está classificada com o “ficheiro S” (de Segurança do Estado), disse à AFP uma fonte próxima do inquérito judicial, e foi seguida pelos serviços secretos.

Redouane Ladkim, abatido pelas forças da ordem após ataques mortais em Carcassone e Trébes, no sudoeste de França, foi igualmente classificado com a ficha “S” e seguido desde 2014 pelos serviços secretos.

No entanto, nenhum “sinal anterior” podia pressagiar “a passagem a um ato terrorista" como o que foi praticado, segundo o procurador da República de Paris, François Molins.

A companheira do francês de origem marroquina foi interpelada na sexta-feira à noite e um amigo do assassino, de 17 anos, foi detido no sábado à noite. As detenções foram prolongadas e ambos respondem às questões dos investigadores.

A mesma fonte afirmou que a jovem “manifesta sinais de radicalização”.

Os inspetores procuram determinar as razões do ataque terrorista e encontrar eventuais cúmplices.

O atacante, que tinha em sua posse uma arma de fogo, uma faca de mato e três engenhos explosivos artesanais, segundo uma fonte judicial, foi abatido a tiro pelas forças da ordem depois de ter feito reféns num supermercado em Trèbes.

Antes disso, tinha roubado uma viatura, matando o passageiro e ferindo gravemente o condutor, o cidadão português Renato Silva, e disparado sobre polícias, ferindo um deles.

Durante a tomada de reféns, que já tinha feito dois mortos, um tenente-coronel da guarda nacional francesa, de 44 anos, propôs-se tomar o lugar de uma mulher. Gravemente ferido a tiro e esfaqueado pelo atacante, Arnaud Beltrame sucumbiu no sábado aos ferimentos.

Depois de ter tomado o supermercado de assalto Redouane Ladkim gritou "Allahu Akbar! Vou matar-vos a todos!". Embora ainda não sejam claras eventuais ligações de Ladkim ao Estado Islâmico, os radicais já reivindicaram o ataque.

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