18 out, 2018 - 15:27
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A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), afeta à UGT, anunciou esta quinta-feira que vai aderir à greve geral de dia 26 (sexta-feira da próxima semana).
A FESAP já emitiu o pré-aviso de greve e junta-se assim à Frente Comum, que convocou a paralisação no final de setembro, na tentativa de pressionar o Governo a garantir aumentos salariais e a valorizar as carreiras na função pública em 2019.
Em conferência de imprensa, José Abraão, da FESAP, explicou que a expectativa nas negociações com o Governo se "mantém", apesar de ainda não terem previsão da próxima reunião.
De acordo com o sindicalista, os avanços feitos ao nível do descongelamento de carreiras são "insuficientes" e, por isso, a FESAP exige que este Governo "vá mais além", "não deixando ninguém para trás".
Na opinião de José Abraão, "50 milhões de euros não produz aumento nenhum nos trabalhadores de Administração Pública".
A FESAP diz que o descontentamento é grande em todos os setores e por isso a expetativa é a de uma grande adesão ao protesto que decorrerá na próxima semana.
À greve deverá ainda aderir o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), também afeto à UGT. A dirigente Helena Rodrigues afirmou à agência Lusa que se juntará à FESAP e à Frente Comum na greve geral de dia 26 de outubro.
O Governo dedicou 50 milhões do Orçamento do Estado para 2019 aos aumentos salariais na função pública e a Renascença sabe que o número é inviolável, não havendo elasticidade, nem orçamental nem política, para fazer alterações.
Na proposta de Orçamento do Estado para 2019, o Governo estima ainda um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB.
É também mantida a estimativa de défice orçamental de 0,2% do PIB no próximo ano e de 0,7% do PIB este ano.