17 out, 2018 - 15:51 • Tiago Palma
Depois de, em setembro, ter assassinado Saifura Ahmed, uma funcionária da Cruz Vermelha, o Boko Haram voltou esta segunda-feira a executar nova trabalhadora humanitária: Hauwa Leman, de 24 anos, parteira e estudante na área da saúde na Universidade de Maiduguri, que se encontrava em cativeiro no norte da Nigéria.
Segundo o jornal "The Cable", Leman foi forçada a ajoelhar-se, com as mãos amarradas dentro de um hijab branco, tendo sido depois baleada a curta distância.
O grupo terrorista afirmou que Hauwa Lemen, assim como Saifura Ahmed, eram “Murtads”, ou seja, tinham abandonado o Islão “no momento em que escolheram trabalhar” para instituições consideradas ocidentais, como é o caso da Cruz Vermelha.
Os islamitas prometeram igualmente que a jovem estudante cristã, de 15 anos, sequestrada em fevereiro com mais 109 raparigas de uma escola em Dapchi, vai ser escravizada, e que, enquanto as autoridades não responderem afirmativamente aos pedidos de resgate pela sua libertação, farão desta “o que quiserem”.
O mesmo irá passar-se com outra mulher cristã também sequestrada pelo Boko Haram. Trata-se de Alice Ngaddah, mãe de dois filhos e funcionária da Unicef. “A partir de hoje”, afirma-se na mensagem dos islamitas ao jornal "The Cable", Sharibu e Ngaddah “são nossas escravas. E conclui o grupo terrorista: "Com base nas nossas doutrinas, agora é legal fazermos o que quisermos com elas”.