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EDP. “Estão sem energia elétrica cerca de 100 mil habitações"

14 out, 2018 - 20:59

Não há ainda previsão para a regularização da situação devido aos "estragos muito significativos" causados pelo “Leslie”.

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Os danos provocados pela passagem da tempestade tropical “Leslie” são "muito significativos" na rede de distribuição de energia e não há ainda data para a conclusão dos trabalhos, disse a EDP Distribuição.

"Com a circulação de viaturas possível no dia de hoje, bem como o sobrevoo de helicóptero, foi possível confirmar danos muito significativos provocados pelo furacão Leslie na rede de distribuição de energia", refere a empresa em comunicado, num balanço à situação às 19h00.

Atualmente, "estão sem energia elétrica cerca de 100 mil habitações", o mesmo número que tinha sido avançado pela EDP Distribuição durante a tarde.

Destacou que "há zonas muito preocupantes no distrito de Coimbra, em particular as localidades abastecidas pelas subestações de Louriçal e Soure, onde várias linhas de alta e média tensão (AT/MT) permanecem inoperacionais, com postes danificados".

Perante a dimensão dos estragos, "não é ainda possível estimar a data para a conclusão dos trabalhos".

No entanto, "a reparação de linhas, bem como o reforço de meios auxiliares como sejam geradores de emergência (50 instalados neste momento) tem permitido uma progressiva redução de situações de avaria".

"A EDP Distribuição mantém um contingente de mais de 500 operacionais no terreno, tendo mobilizado, desde cedo, equipas noutros locais do país", continuou.

A EDP Distribuição "está, como sempre, fortemente empenhada e a desenvolver todos os esforços para a normalização do serviço de fornecimento de energia tão rapidamente quanto possível", referiu, salientando que "mantém a colaboração com todas as entidades envolvidas nestes processos, nomeadamente Proteção Civil e autarquias".

No balanço ao início da tarde o presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição, João Torres, disse que "mais de 100 mil consumidores" permaneciam sem energia, "depois de terem chegado aos 300 mil. Nesta altura, em relação aos danos que tivemos esta foi a situação mais critica na nossa história e que nos provoca mais incertezas quanto à estimativa de quando tudo estará solucionado", afirmou.

A passagem do “Leslie” por Portugal, no sábado e hoje, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.

A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.

O distrito mais afetado pelo “Leslie” foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo o comandante nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

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