07 out, 2018 - 14:21
O incêndio que deflagrou no Parque Natural Sintra/Cascais está em fase de rescaldo, mas é importante “não baixar a guarda”. Foi o aviso deixado ao início da tarde deste domingo pelo comandante distrital da Proteção Civil, André Fernandes.
“O incêndio entrou em fase de rescaldo e vamos iniciar uma fase complicada, porque é necessário manter os níveis de operacionalidade que tivemos até agora. Não podemos baixar a guarda, não o vamos fazer”, garantiu André Fernandes, em conferência de imprensa na Câmara de Cascais.
No terreno vão manter-se disponíveis os oito meios aéreos, um dispositivo de mais de 700 bombeiros e três pelotões militares.
Até às 15 horas, haverá um período crítico devido à rotação do vento. Um outro período critico está previsto para entre as 22h00 e as 24h00 com nova rotação do vento – uma hora em que já não será possível operar meios aéreos.
Por outro lado, as 300 pessoas que foram retiradas do parque de campismo de Cascais e as 47 que saíram de várias localidades já têm autorização para voltar.
Já as estradas continuam a estar limitadas: as estradas nacionais 247 e 9-1 estão condicionadas e a estrada que liga o Guincho à Malveira vai continuar encerrada nos dois sentidos.
“Apelamos à população para não vir ver esta área. Estamos a deixar estas vias de acesso para os meios de socorro e para os moradores das áreas afetadas poderem voltar para as suas habitações”, justificou o comandante distrital de Lisboa.
No que diz respeito aos feridos, já estão também todos em casa ou no terreno a combater o fogo. Dos 21 feridos, dez bombeiros foram assistidos no terreno e voltaram ao combate; outros dez foram assistidos no hospital devido a entorses, escoriações ou lesões oculares e um civil que teve queimaduras em dez por cento do corpo também foi assistido no hospital e já foi para casa.
Quanto a danos materiais, não foi atingida qualquer habitação, apenas anexos de madeira em alguns quintais. E ardeu um automóvel ligeiro.
Polícia no terreno
Na mesma conferência de imprensa, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, anunciou que os meios de investigação judicial já se encontram no terreno a averiguar a origem deste incêndio que começou perto das onze da noite de sábado.
“Tudo o que se possa dizer por enquanto é pura especulação. Sabemos que já estão os meios judiciários no terreno. Vamos aguardar que cheguem às suas próprias conclusões. As autoridades estão atentas e estão atuantes”, assegurou Carlos Carreiras, adiantando que a serra estava limpa.