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Tancos. Comissão de inquérito tem aprovação garantida

03 out, 2018 - 14:07

O CDS formalizou esta quarta-feira o pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito ao caso do assalto aos paióis de Tancos e conta com o apoio do PSD e a abstenção do BE.

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A comissão parlamentar de inquérito sobre o assalto aos paióis da base de Tancos, em Santarém, tem luz verde garantida.

O PSD já confirmou que votará a favor da proposta do CDS e o Bloco de Esquerda anunciou já a abstenção. Sendo assim, terá maioria dos votos favoráveis na votação agendada para dia 24 deste mês.

“Fizemos este projeto de forma objetiva por forma a poder ser aprovada por todos os grupos parlamentares. É um caso muito grave, que põe em causa o prestígio internacional de Portugal”, disse Nuno Magalhães, líder da bancada do CDS.

O Bloco de Esquerda deixou críticas à proposta do CDS, a comissão de inquérito começou torta, mas o deputado Pedro Filipe Soares considera que o caso de Tancos é demasiado “grave” e tem que haver um “cabal esclarecimento”.

O PSD vota a favor. Fernando Negrão, presidente da bancada, explica que em causa está o “regular funcionamento das instituições em Portugal”.

“Houve problemas, parte desses problemas são de natureza criminal, estão a ser tratados no local adequado, que são os tribunais. Depois, há questão de natureza organizacional e de capacidade de intervenção e de resolver os problemas e esses pertencem às forças de segurança e ao Ministério da Defesa”, afirma o líder parlamentar do PSD.

A votação da comissão de inquérito está marcada para dia 24 deste mês.

O debate em plenário foi agendado esta quarta-feira em conferência de líderes, no mesmo dia em que o CDS entregou no Parlamento o objeto desta comissão de inquérito, que ficará delimitado ao período entre junho de 2017, quando foi conhecido o furto do armamento, até ao momento de hoje, com o "objetivo de identificar e avaliar os factos, os atos e as omissões" do Governo do PS no processo.

No projeto de resolução, o CDS acusa o Governo de, "numa primeira fase, desvalorizar o sucedido", depois alegar desconhecimento e tentar "precipitadamente encerrar o problema, sem retirar as devidas consequências".

Como habitualmente, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, comunicou na conferência de líderes irá pedir um parecer jurídico antes de admitir a proposta, que deverá ser conhecido no início da próxima semana.

O PS já disse que não se opõe à comissão e o PSD anunciou hoje que irá apoiar a proposta dos democratas-cristãos. O líder parlamentar Fernando Negrão afirmou que o partido tem assistido com “preocupação” e “vergonha” a todos os desenvolvimentos deste caso.

[notícia atualizada às 14h32]

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