24 set, 2018 - 14:56
O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), Nuno Botelho, pede a Adalberto Campos Fernandes que se demita de ministro da Saúde.
Em entrevista à Renascença, Nuno Botelho diz que a suspensão da transferência do Infarmed para o Porto é "um escândalo" e considera que o ministro da Saúde "não tem condições para continuar em funções".
A transferência do Infarmed para o Porto foi anunciada em novembro de 2017, depois de a cidade ter saído das contas para acolher a Agência Europeia do Medicamento. Então, surgiram várias críticas de trabalhores e da presidente da autoridade do medicamento, Maria do Céu Machado. Em julho, o ministro da Saúde disse que a decisão para mudar o Infarmed estava presa por pormenores. "Teremos condições para uma decisão a curto prazo", disse, então.
Na sexta-feira, Adalberto Campos Fernandes disse que aos deputados da comissão parlamentar de Saúde que "o contexto político mudou significativamente", anunciou que a transferência estava suspensa e deixou a decisão para a comissão da Assembleia da República.
Nuno Botelho, presidente da ACP, mostra-se "indignado" com a decisão do ministro e classificou o Governo como "fortemente centralista".
"Mesmo depois de todos os relatórios favoráveis a essa deslocalização relatórios técnicos por comissões independentes, o ministro resolve devolver essa decisão, decisão essa que já tinha sido tomada por outra comissão", diz. Botelho acusa ainda o Governo de "falência do poder político face aos funcionários públicos".
O presidente da ACP afirma que o tempo do ministro da Saúde chegou ao fim e pede a demissão de Adalberto Campos Fernandes. "O ministro da Saúde não tem condições para continuar em funções". E acrescenta que, da sua parte, o ministro, tal como o Infarmed, pode ficar em Lisboa: "o ministro da Saúde não será, pelo menos nesta casa enquanto eu for presidente, mais recebido aqui, se alguma vez cá vier".
A decisão sobre a mudança do Infarmed está, agora, nas mãos da Comissão Independente para a Descentralização, que será coordenada pelo antigo ministro socialista João Cravinho e incluirá, entre outros, o social-democrata Alberto João Jardim.
Nuno Botelho, presidente da ACP, mostra-se "indignado" com a decisão do ministro e classificou o Governo como "fortemente centralista".
"Mesmo depois de todos os relatórios favoráveis a essa deslocalização relatórios técnicos por comissões independentes, o ministro resolve devolver essa decisão, decisão essa que já tinha sido tomada por outra comissão", diz. Botelho acusa ainda o Governo de "falência do poder político face aos funcionários públicos".
O presidente da ACP afirma que o tempo do ministro da Saúde chegou ao fim e pede a demissão de Adalberto Campos Fernandes. "O ministro da Saúde não tem condições para continuar em funções". E acrescenta que, da sua parte, o ministro, tal como o Infarmed, pode ficar em Lisboa: "O ministro da Saúde não será, pelo menos nesta casa enquanto eu for presidente, mais recebido aqui, se alguma vez cá vier".
A decisão sobre a mudança do Infarmed está, agora, nas mãos da Comissão Independente para a Descentralização, que será coordenada pelo antigo ministro socialista João Cravinho e incluirá, entre outros, o social-democrata Alberto João Jardim.