20 set, 2018 - 16:20
A Agência Mundial de Antidopagem (WADA) decidiu, esta quinta-feira, levantar a suspensão à Agência Russa Antidopagem (RUSADA), com "condições restritas". O organismo russo tinha sido punido pela participação num esquema de "doping" institucional, com conhecimento e apoio estatal, levado a cabo entre 2011 e 2015.
Em comunicado, a WADA anunciou que "a grande maioria" do seu Comité Executivo (ExCo) decidiu, em reunião nas Seychelles, "reabilitar a RUSADA, em conformidade com o código de antidopagem", embora a decisão esteja "sujeita a condições restritas". Nove membros do ExCo votaram a favor, dois (vice-presidente da WADA e Oceânia) votaram contra, a Europa absteve-se.
As restrições prendem-se com datas específicas em que a RUSADA deverá disponibilizar à WADA acesso total a dados, testes e amostras, sob pena de a suspensão ser recuperada, informou o presidente da WADA, Craig Reedie.
Rússia saúda decisão, outros nem tanto
A Rússia reagiu ao levantamento da suspensão à sua agência antidopagem. A vice-primeira-ministra responsável pelo Desporto, Olga Golodets, saudou a decisão da WADA.
"A Rússia confirma a sua obediência aos princípios de um desporto limpo. Foi feito um grande trabalho nos últimos anos na Rússia no sentido de criar condições transparentes e claras", afirmou a governante.
Por outro lado, um dos principais denunciantes do esquema da Rússia, o antigo diretor do laboratório de Moscovo, Grigory Rodchenkov, classificou a decisão da WADA como "a maior traição jamais feita contra a história olímpica e os atletas honestos".