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Drone interrompeu operação no Aeroporto de Lisboa

20 set, 2018 - 14:01

Mais de uma dezena de voos tiveram de ficar em espera, um "borregou" a aproximação e dois tiveram de divergir para Faro com problemas de combustível.

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A operação no Aeroporto de Lisboa esteve interrompida entre as 22h40 e as 22h50 de quarta-feira devido à presença de um drone na cabeceira da pista 03, prejudicando mais de uma dezena de voos.

Mais de uma dezena de voos tiveram de ficar em espera, um descontinuou (borregou) a aproximação e dois tiveram de divergir para Faro com problemas de combustível.

Fonte oficial da ANA - Aeroportos de Portugal confirmou que na quarta-feira, às 22h47, "foi reportado o avistamento de um drone que causou a interrupção das operações durante 11 minutos, provocando a divergência de duas aeronaves para Faro e a interrupção da aterragem de outra".

"Este tipo de incidentes são reportados ao regulador - Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) - e investigados pelas autoridades competentes, neste caso a PSP", salientou a ANA.

Pelo seu lado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) disse hoje à Lusa que a polícia foi chamada ao local e que o drone estava a sobrevoar a placa do aeroporto. No entanto, não foi localizado o operador, salientou a PSP.

Na passada segunda-feira, uma aeronave da companhia France Soleil foi obrigada a alterar a sua rota de aproximação ao aeroporto de Lisboa após um avião da TAP se ter cruzado com um drone pouco antes de aterrar, disseram fontes aeronáuticas.

Em 21 de agosto, um drone caiu na pista do Aeroporto de Lisboa pouco depois de um avião alertar para a presença do aparelho a sobrevoar aquela zona, levando à interrupção da operação aérea durante oito minutos.

A aviação civil reportou 16 incidentes com drones no primeiro semestre deste ano, segundo dados enviados à Lusa pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, que instaurou 15 processos contraordenacionais em 2017 e dois até final de junho.

O regulamento da ANAC, em vigor desde 13 de janeiro de 2017, proíbe o voo de 'drones' (veículo aéreo não tripulado) a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e de descolagem dos aeroportos.

Nos primeiros seis meses deste ano foram comunicadas 16 ocorrências com 'drones', que surgem nas imediações dos aeroportos nacionais, nos corredores aéreos de aproximação aos aeroportos ou na fase final de aterragem, a 400, 700, 900 ou a 1.200 metros de altitude, de acordo com alguns dos relatos das tripulações, violando dessa forma o regulamento da ANAC.

Em 28 de julho último entrou em vigor o Decreto-Lei n.º 58/2018, de 23 de julho, que torna obrigatório o registo destes aparelhos com mais de 250 gramas, a contratualização de um seguro de responsabilidade civil para 'drones' acima dos 900 gramas e estipula "um quadro sancionatório aplicável a quem violar estas obrigações, de forma a dissuadir e censurar adequada e proporcionalmente condutas de risco que podem colocar em causa a segurança de todos".

O documento estabelece que a violação das regras no uso dos 'drones' pode ser punida com multa entre 300 e 7.500 euros, além da inibição temporária ou apreensão dos aparelhos.

No diploma estão definidas "coimas cujo valor mínimo é de 300 euros, para contraordenações leves praticadas por pessoas singulares, e cujo valor máximo ascende aos 7.500 euros, para o caso de contraordenações muito graves praticadas por pessoas coletivas".

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  • fanã
    20 set, 2018 aveiro 18:55
    Três acções .......1º- Neutralizar o engenho (destruir) , a policia de aeroportos está armada e tem formação de tiro - 2º- Identificar o tarado do criminoso - 3º- Prisão efectiva por tentativa de ofensas a integridade física de passageiros . Acessoriamente , se a permanência no País é ilegal , expulsão após cumprimento da pena assim que umas boas bofetadas bem merecidas . Senão quando ocorrer um desastre com perca de vidas Humanas , quero ouvir o Sr. Ministro da Segurança Interna a lamentar que a culpa não é dele !
  • VICTOR MARQUES
    20 set, 2018 Matosinhos 17:53
    Aposto que o Sr. Presidente da República ainda não leu nada nem ouviu falar sobre este assunto!!!...
  • Terrorismo
    20 set, 2018 Lisboa 15:50
    Paguem-me um bom ordenado e arranjem uma boa espingarda com mira que eu trato do caso. Só quando houver um acidente grave é que vão todos a correr atrás do sucedido numa de passa culpas.

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