16 set, 2018 - 15:55 • Teresa Paula Costa
Margarida Correia aparenta ter pouco mais de 20 anos, mas no seu percurso de voluntariado constam experiências marcantes. Depois de ter começado com o projeto “Rabo de Peixe,” uma colónia balnear para jovens nos Açores, o seu ímpeto missionário levou-a até à Ilha de Lesbos, na Grécia, onde, durante seis meses, trabalhou com crianças no campo de refugiados.
Uma experiência de voluntariado que a fez perceber a responsabilidade de cada um. Segundo a jovem, o que viu na Ilha de Lesbos deu para perceber que “as organizações mundiais e grandes que nos inspiram e que nos ensinam desde pequeninos na escola que são pela paz, pelas pessoas e pelos direitos humanos, afinal não o são”. “Parte muito de as pessoas particulares das organizações mais pequeninas irem tomar conta destas pessoas que precisam”, acrescenta.
Margarida é o exemplo do entusiasmo que o diretor das Obras Missionárias Pontifícias vê nos jovens. Milhares participaram na caminhada que a instituição promoveu e que culminou nas jornadas missionárias que terminaram este domingo, em Fátima.
Uma motivação que o Padre António Lopes quer estender a todo o ano que se aproxima e que a Conferência Episcopal Portuguesa dedicou à missão, para reacender o ardor missionário. O sacerdote explica que “uma paróquia inteira pode ir a outra paróquia dizer: ‘nós vimos anunciar Jesus Cristo’”. Ou seja, “não precisam de ir lá para fora, façam dentro.”
O apelo não se dirige apenas aos leigos. “Os próprios bispos que se abram de facto a isso, dizendo: “eu também quero ir anunciar seja a uma paróquia, seja a outra,” defende o sacerdote, que acrescenta que os bispos “têm muito essa possibilidade nas visitas pastorais que fazem.”
As jornadas missionárias decorreram no seminário do Verbo Divino, em Fátima, com a presença de centenas de pessoas ligadas a movimentos e congregações com carisma missionário.