08 ago, 2018 - 10:10
A segunda comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) revela que "fonte de um empenho de todos os que estão no terreno, a situação está mais estável esta manhã" no Algarve.
As chamas em Fóia (frente oeste do fogo) e Silves (leste de Monchique) são as que mais preocupam as autoridades nesta altura. Durante a conferência de imprensa, Patrícia Gaspar avançou que são esperadas reativações esta tarde, a partir das 15h00, associadas à intensidade do vento, mas que vão "responder de forma musculada".
O desafio passa agora por "consolidar o trabalho que desde o início tem vindo a ser feito".
"Todos os dias são importantes e todos os dias são decisivos, estamos a tentar aproveitar ao máximo esta janela de oportunidade que temos até às duas, três da tarde", salientou.
Há ainda 181 pessoas afastadas das suas casas, enquanto 50 já foram autorizadas a voltar.
A mesma responsável confirmou "um ligeiro aumento" de vítimas. Há 32 feridos, 31 ligeiros e um grave, uma idosa que permanece em observação num hospitalar de Lisboa.
Comandante admite "falhas mínimas"
Relativamente ao facto de o comando nacional ter assumido, na terça-feira à tarde, a coordenação do incêndio, Patrícia Gaspar reiterou que essa mudança "não teve nada a ver nem com críticas nem com supostas falhas" do comando distrital.
A terem acontecido essas falhas, elas serão seguramente mínimas", frisou, lembrando que esta se trata de uma operação de uma "enorme complexidade", podendo haver momentos em que as coisas não correm da forma que as autoridades desejariam.
Quando questionada sobre a forma como se pode
ajudar as populações, a segunda comandante operacional disse que as
autoridades, em conjunto com a Segurança Social, estão a “apurar quais as
necessidades”, para que não se cometam excessos.
No terreno estão 1.281 operacionais, apoiados por 380 meios terrestres e oito meios aéreos.
O incêndio rural que lavra desde sexta-feira em Monchique afeta também os concelhos de Silves e Portimão, igualmente no distrito de Faro, tendo destruído casas, muitas viaturas e algumas pequenas empresas.