12 jul, 2018 - 22:56
A multinacional Johnson & Johnson foi condenada pela justiça dos Estados Unidos a pagar 550 milhões de dólares a 22 mulheres que alegaram ter contraído cancro depois de utilizarem produtos da marca com amianto.
O veredito foi conhecido depois de cinco semanas de testemunhos e alegações por parte de uma dezena de especialistas da defesa e da acusação, num tribunal de St. Louis, no estado do Missouri.
O júri escolhido para este caso ouviu as duas partes e demorou menos de um dia a decidir que a Johnson & Johnson tem que indemnizar as queixosas, naquele que é o maior caso contra a empresa, até agora.
As 22 mulheres e as famílias alegaram que décadas a utilizar pó de talco e outros produtos cosméticos à base de talco causaram cancro nos ovários.
Os queixosos argumentam que, pelo menos desde a década de 70 do século passado, a multinacional sabia que o talco continua amianto, mas não avisou os consumidores pelos riscos que corriam.
Johnson & Johnson nega que os seus produtos provoquem cancro ou que contivessem amianto. Garante que décadas de estudos provam que o pó de talco é seguro.