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Guerra Israel-Hamas

Blinken pressiona Hamas a aceitar trégua

01 mai, 2024 - 19:52 • Lusa

O primeiro-ministro israelita disse a Blinken que não irá aceitar qualquer acordo com o Hamas que inclua o fim da guerra.

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse esta quarta-feira que a rejeição pelo Hamas de uma trégua na Faixa de Gaza atualmente em cima da mesa das negociações mostraria a sua falta de consideração pelos palestinianos.

"Se o Hamas realmente se preocupa com os palestinianos e deseja ver o seu sofrimento imediatamente aliviado, deve aceitar o acordo" de trégua que lhe foi proposto, disse o chefe da diplomacia norte-americana aos jornalistas no decurso de uma viagem ao Médio Oriente.

"Se não o fizer, penso que será mais uma prova que não tem a mínima consideração" pelos palestinianos, acrescentou.

O secretário de Estado dos EUA afirmou também que Israel tem "melhores soluções" contra o Hamas do que uma "grande operação militar" em Rafah, reiterando a oposição de Washington a essa ofensiva que Israel insiste em realizar na localidade no sul da Faixa de Gaza, onde atualmente estão concentrados 1,5 milhões de palestinianos.

"Existem outras soluções e, do nosso ponto de vista, soluções melhores, para enfrentar o verdadeiro desafio que representa atualmente o Hamas e que não precisam de uma operação militar de grande envergadura", explicou Blinken, que hoje já se reuniu em Jerusalém ao longo de mais de duas horas com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita disse a Blinken que não irá aceitar qualquer acordo com o Hamas que inclua o fim da guerra.

Há vários meses que decorrem negociações indiretas mediadas pelo Egipto, Qatar e Estados Unidos, com o Hamas e Israel a acusarem-se mutuamente dos bloqueios.

A 07 de outubro, o Hamas levou a cabo um ataque sem precedentes no sul de Israel, que causou a morte de 1.170 pessoas, sobretudo civis, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelitas.

A ofensiva de retaliação de Israel em Gaza já causou 34.568 mortos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do movimento islamita.

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