A+ / A-

Erdogan antecipa presidenciais na Turquia para junho

18 abr, 2018 - 14:19

Ida às urnas estava inicialmente marcada para novembro de 2019.

A+ / A-

Veja também:


O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou esta quarta-feira que haverá eleições no país a 24 de junho, mais de um ano antes da data inicialmente prevista. Até agora, esta ida à urnas estava convocada para novembro de 2019.

A decisão de antecipar as eleições parlamentares e presidenciais foi justificada por Erdogan com a necessidade "urgente" de o país instituir um regime de presidência executiva, como decidido num controverso referendo organizado pelo governo há um ano, uma consulta que críticos e opositores dizem servir apenas os interesses do atual líder turco.

Aos jornalistas, Erdogan explicou que tomou esta decisão depois de falar com o líder do partido naiconalista MHP, Devlet Bahceli, um dia depois de este ter sugerido que as eleições deviam ser antecipadas.

De recordar que a Turquia continua a viver sob estado de emergência desde julho de 2016, na sequência de um golpe militar falhado contra a presidência Erdogan.

No rescaldo da tentativa de golpe, o governo ordenou a detenção e o despedimento de dezenas de milhares de funcionários dos setores da Justiça, das forças de segurança e da Educação e reforçou o que a ONU e várias organizações de Direitos Humanos dizem ser a perseguição de vozes críticas do regime, em particular de jornalistas.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anónimo
    18 abr, 2018 23:11
    Deve ser tipo as eleições russas. Só que estes pertencem à organização internacional criminosa chamada NATO.
  • Fernando Ferreira
    18 abr, 2018 Caldas da Rainha 15:08
    Alguma vez foi um problema para a NATO ter gente desta no seu seio? A escolha do complexo militar-industrial nunca foi entre ditadura ou democracia, mas antes entre governos que sirvam ou não os seus interesses geoestratégicos.

Destaques V+