06 jul, 2018 - 07:11
Morreu esta quinta-feira ao final da noite o cardeal francês Jean-Louis Pierre Tauran. Tinha 75 anos de idade.
Tauran vivia e trabalhava na curia Romana e foi ele quem anunciou o Papa Francisco ao mundo na noite de 13 de março de 2013, quando foi eleito. Já na altura o cardeal aparentava alguma fraqueza física, pois sofria há vários anos de Parkinson.
Tauran chefiava o departamento do Vaticano dedicado ao diálogo inter-religioso, um cargo que o colocava na linha da frente do diálogo com o mundo islâmico. Falou várias vezes em defesa dos cristãos nos países muçulmanos e criticou o facto de, em alguns países árabes, os não-muçulmanos serem tratados como cidadãos de segunda.
Esteve recentemente na Arábia Saudita, de onde voltou com uma importante conquista para os muitos cristãos – sobretudo expatriados – que vivem naquele reino, nomeadamente o direito a praticarem a sua religião, o que até então lhes estava vedado.
O cardeal tinha sido nomeado também camarlengo, pelo Papa Francisco. O camarlengo é responsável por administrar as propriedades e receitas da Santa Sé e assume as responsabilidades de Chefe de Estado do Vaticano entre a morte ou resignação de um Papa e a eleição de outro.
Ordenado padre em 1969, Jean-Louis Tauran entrou para o serviço diplomático da Santa Sé e esteve sempre ligado à cúria romana.
Entre 2003 e 2007 foi o bibliotecário e arquivista do Vaticano, um cargo para o qual o Papa Francisco nomeou recentemente o padre português José Tolentino de Mendonça.