11 jun, 2018 - 12:45
Rui Morgado acusa Bruno de Carvalho de querer "acabar com a democracia no Sporting". O presidente do Conselho Diretivo pretende aprovar, na assembleia geral de dia 17, as comissões que criou e assim evitar a perda de quórum. Na opinião do antigo secretário da Mesa da Assembleia Geral, na altura presidida por Eduardo Barroso, Bruno de Carvalho pretende, apenas, reforçar os seus poderes e voltas às com
"Em 2011, na alteração de estatutos que foi feita, acabaram-se com as cooptações, que eram uma tradição no Sporting, designadamente até de presidentes, que eram cooptados. Considerou-se que não era um modelo democrático, porque democrático é os sócios elegerem uma lista com o nome das pessoas. A partir do momento em que terminam as listas e voltamos às cooptações, a democracia esfuma-se. A intenção é acabar com a democracia no Sporting. A partir do momento em que o presidente pode cooptar quem quer, os sócios deixam de ter representantes no Conselho Diretivo", sublinha Rui Morgado, em entrevista à Renascença.
"Processo inquinado"
Rui Morgado considera, por outro lado, que o processo da marcação da assembleia de dia 17 está "inquinado" e não é válido. Rui Morgado defende que as assembleias têm de ser convocadas pelo órgão legítimo.
"Todo o processo está inquinado desde o início. Para ser
válido, o processo tem de ser convocado através do órgão legítimo, que é a Mesa
da Assembleia Geral e não por um órgão inexistente. Tem de ser feita uma
convocatória em que têm de ser divulgados os artigos que vão ser alterados e as
propostas para a alteração desses mesmos artigos. Por fim, tem de haver uma
Assembleia Geral legítima que aprove as medidas. Tudo aquilo que é proposto é
absolutamente ilegal", referiu nestas declarações a
Bola Branca.
Rui Morgado acredita que as deliberações da assembleia de dia 17 não terão validade. O antigo dirigente alude à providência cautelar já interposta. "Se essa decisão não vier a tempo, tudo o que for decidido nesta Assembleia Geral é impossível de ser sufragado por um tribunal. É impossível este tipo de aprovação e uma Assembleia Geral criada por um órgão que não existe. De qualquer maneira, avançará uma providência cautelar e essa deitará por terra tudo o que ali for aprovado", concluiu.