24 mai, 2018 - 20:17
Um século depois de ter sido preso o pugilista Jack Johnson, o primeiro afro-americano a conquistar o título de pesos pesados, foi esta quinta-feira perdoado a título póstumo pelo Presidente Donald Trump.
Jack Johnson foi condenado ao abrigo das leis racistas da altura por manter um relacionamento com uma mulher branca.
“Acredito que Jack Johnson merece receber o perdão, para corrigir um erro da nossa história”, afirmou Donald Trump.
Jack Johnson foi preso em 1912 juntamente com Lucille Cameron, que mais tarde se tornou sua mulher, por violação da Lei Mann.
Acabou por ser detido e condenado a uma pena de um ano e um dia de prisão. Para evitar a cadeia, a lenda do boxe fugiu dos Estados Unidos para o Canadá e durante sete anos viveu na Europa, América do Sul e no México.
Filho de antigos escravos, o “gigante” Jack Johnson acabou por se entregar às autoridades norte-americanas em 1920 e teve que cumprir a pena de prisão. Morreu em 1946.
O perdão acabou por surgir esta quinta-feira, um século depois, com Donald Trump a assinar o decreto presidencial na Sala Oval, na Casa Branca, acompanhado por familiares do pugilista e pelo ator Sylvester Stallone, um dos impulsionadores da causa.
“Isto era tão importante para o meu amigo de longa data Sylvester Stallone”, declarou Donald Trump.