08 mai, 2018 - 12:45 • João Fonseca
O sócio e comentador do Benfica António Pragal Colaço considera que a pressão exercida pelos departamentos de comunicação de FC Porto e Sporting ao longo da temporada está a condicionar a decisão dos órgãos disciplinares do futebol em assuntos relacionados com o Benfica.
Pragal Colaço sustenta que a eventual aplicação de um castigo a Rúben Dias, em resultado da agressão a Gelson Martins, no dérbi de Lisboa, será despropositada se a mesma medida não for posta em prática com Bruno Fernandes, em resultado da agressão, no mesmo desafio, a Franco Cervi.
"Qualquer situação que seja menos duvidosa não podemos decidir a favor do Benfica, porque somos logo apelidados de ser um polvo. As pessoas são acusadas de uma série de situações e têm medo de decidir", diz o advogado, em defesa dos elementos do Conselho de Disciplina.
Pragal Colaço dá "os parabéns" aos diretores de comunicação de dragões e leões, pelo "sistema criado" e por terem conseguido "condicionar tudo e todos", esta temporada.
Apesar desta ideia, o sócio benfiquista reconhece que a falta de Rúben foi "muito mais grave" do que a de Bruno e espera um castigo de um ou dois jogos para o jovem central. Não obstante, "só faltava alguém dar quatro jogos" de suspensão ao defesa encarnado.
Rui Vitória, Luís Filipe Vieira e o adeus da equipa a esta temporada
Pragal Colaço faz contas à época das águias e admite também estar "chateado" com o desempenho da equipa de futebol. No entanto, frisa que Rui Vitória foi campeão em duas épocas que "eram mais difíceis que esta". Assim sendo, reforça o apoio ao técnico e destaca que, por se errar poucas vezes, mais tarde "não se acerte 20".
A última jornada, disputada na Luz, tem de ser de "apoio, carinho" e de enviar uma mensagem à equipa. "Que se acredita neles, que fizeram tudo o que estava ao seu alcance para termos sido pentacampeões, mas não é por causa disso que vou deixar de amar o meu Benfica", remata.
A fechar, Pragal Colaço deixa uma critica ao antigo dirigente das águias Rui Gomes da Silva: "Estas questões de candidatos a candidatos, dois anos antes das eleições, não me parece que seja benéfico para o Benfica".
O advogado pede ao antigo "vice" das águias que comece a fazer campanha na altura certa, que não agora, para evitar arranjar "confusão" que possa atrapalhar um bom planeamento da próxima temporada.