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FC Porto

Jorge Amaral: "Mística e ideia de morrer em campo perdidas com Lopetegui foram recuperadas por Sérgio Conceição"

03 mai, 2018 - 18:15 • José Pedro Pinto

Antigo guarda-redes e comentador afeto aos portistas elogia raça demonstrada pelo treinador e não admite que se coloque em causa o mérito do mais do que provável campeão. A Bola Branca, Amaral confessa torcer por um empate no dérbi Sporting-Benfica, para que o FC Porto seja campeão no hotel.

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Jorge Amaral considera que o conceito de "mística" do FC Porto foi recuperado, na presente época, por Sérgio Conceição, passando para os jogadores, que terão conquistado a valência de "morrer dentro de campo" pelo emblema que ostentam.

O "ADN" azul e branco, na opinião do ex-guarda-redes e atual comentador afeto aos portistas, perdeu-se aquando da passagem do basco Julen Lopetegui pela Invicta e acabou por não ser retomado na era Nuno Espírito Santo. Agora, a um escasso ponto de voltar a ser campeão, Amaral dá, em Bola Branca, crédito total à postura do treinador.

"O conceito e a mística de FC Porto perdeu-se com a entrada de Lopetegui. A ideia de morrer dentro de campo, de sofrer, olhar para o símbolo e morrer por ele em todos os momentos. Isso foi o que o Sérgio trouxe. Pensou-se que com o Nuno [Espírito Santo] isso também poderia acontecer, porque era alguém da casa, mas às vezes não basta ser, tem de parecer. O Sérgio Conceição conseguiu ser e parecer", afirma.

Amaral associa, ainda, o nome de Pinto da Costa ao título que já se prepara. "Pinto da Costa e Sérgio Conceição são os artífices e, depois, há os jogadores, que interpretaram isto de uma forma brilhante. Alguns escondidos, por quem não se dava tanto, que foram postos em causa e ajudados pela massa associativa que soube ver e interpretar aquilo que o Sérgio e os jogadores queriam”, enaltece o ex-guardião portista.

Festejar no hotel ou pontuando diante do Feirense? "Seria de bom tom o estádio ir já preparado para a festa"

À entrada para a jornada 33 da I Liga, o FC Porto lidera a tabela, com cinco pontos de avanço sobre Sporting e Benfica, que partilham o segundo posto e que se defrontam no sábado. Em caso de empate no dérbi de Alvalade, a equipa de Sérgio Conceição pode festejar no hotel, onde se encontrará em estágio para a receção de domingo ao Feirense.

Caso se verifique um triunfo de leões ou águias, um empate diante dos "fogaceiros" selará o título de campeão para os portistas.

Jorge Amaral confessa que lhe "daria muito gozo que o título fosse conquistado dentro de campo e esse ponto ser conquistado diante do Feirense". Todavia, para acabar de vez com uma época de sofrimento a todos os níveis, preferível era que Sporting e Benfica não fossem além de uma igualdade.

"Face a tudo o que se tem passado nesta época, o sofrimento que tem sido, acho que seria de bom tom o estádio já ir preparado para a festa e não ter de sofrer durante mais cinco, dez, 15, 20, 30 ou 90 minutos. Esperemos bem que não. Seria muito mais agradável para todos fazer-se a festa em casa já campeão. Era fantástico”, deseja.

Que ninguém ouse atacar o mérito do mais do que provável campeão

Esta está a ser a época mais efervescente de que há memória, na I Liga. A crispação que se tem vivido fora das quatro linhas é como lenha para a fogueira desportiva da qual o FC Porto sai ileso e sem mazelas de maior.

Pelo esforço e perseverança que demonstrou durante todo o campeonato, Jorge Amaral não admite que se coloque em causa o mérito portista.

“O FC Porto foi contestado de todas as maneiras e de todos os lados. Jogadores com menos qualidade, treinador sem experiência, equipa intervencionada, sócios desligados, denúncias anónimas, tudo era posto em causa quando se tratava do FC Porto. Acho que jamais alguém pode beliscar ou apontar um dedo a esta vitória”, dispara, a concluir.

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