29 jun, 2023 - 21:50 • Maria Costa Lopes
Uma mala microscópica, criada pelo coletivo artístico MSCHF, foi vendida por mais de 58 mil euros.
A mala mede 657 x 222 x 700 micrómetros e só consegue ser vista ao microscópio.
"Estreita o suficiente para passar pelo olho de uma agulha, esta bolsa é tão pequena que será preciso um microscópio para vê-la", disse o coletivo de arte por trás da criação da mala.
O coletivo de arte MSCHF, com sede em Brooklyn, Nova Iorque, é conhecido pelos seus projetos controversos.
Entre eles, sapatos que contêm sangue humano, ténis com água benta nas solas, um perfume que cheira a WD-40 e botas de borracha vermelhas gigantes.
Desta vez, o coletivo decidiu levar ao extremo a tendência das malas pequenas.
"Há malas grandes, malas normais e malas pequenas, mas esta é a palavra final na miniaturização de malas", disse a MSCHF, nas redes sociais.
A mala apresenta a insígnia da Luis Vuitton, mas não tem qualquer ligação com a marca.
É feita de resina de fotopolímero e foi criada usando uma tecnologia de impressão 3D frequentemente usada para fazer pequenos modelos e estruturas mecânicas.
Durante a criação da mala, algumas das amostras enviadas para serem revistas pela marca eram tão pequenas que foram perdidas pela equipa do MSCHF, relata a revista Smithsonian.
Para os novos compradores a perda do item deve ser menos preocupante, já que um microscópio com display digital está incluído na compra.
Microscópios com displays digitais podem ser comprados on-line e podem variar de preço, desde 60 a milhares de euros.
Sobre o uso da marca Louis Vuitton na mala, o diretor criativo da MSCHF, Kevin Wiesner, disse ao New York Times no início do mês que o grupo não pediu permissão à marca para usá-la. "Somos apologistas da escola do 'pedir perdão, não permissão'", admitiu.