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EUA anunciam lançamento de ajuda aérea na Faixa de Gaza

02 mar, 2024 - 01:57 • Lusa

Presidente norte-americano promete insistir para que Israel facilite a entrada de mais camiões e a abertura de novas rotas terrestres para a entrada de ajuda humanitária no enclave.

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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou lançamentos aéreos de alimentos e medicamentos na Faixa de Gaza e abriu a possibilidade de abertura de um corredor marítimo para facilitar a entrada de ajuda humanitária no enclave.

"A ajuda que está a chegar a Gaza não é suficiente. Há vidas inocentes em jogo. Há vidas de crianças em jogo", disse esta sexta-feira o Presidente norte-americano ao iniciar uma reunião na Casa Branca com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Durante o seu anúncio, Biden enganou-se e mencionou a Ucrânia quando queria referir-se a Gaza.

"Nos próximos dias, iremos juntar-nos aos nossos amigos na Jordânia e outros para fornecer lançamentos aéreos de alimentos e bens para a Ucrânia (sic). Procuraremos abrir outras vias para a Ucrânia (sic), incluindo a possibilidade de um corredor marítimo para entregar grandes quantidades de alimentos", indicou na sua declaração com o destinatário equivocado.

O Presidente norte-americano prometeu que insistirá para que Israel também facilite a entrada de mais camiões e a abertura de novas rotas terrestres para a entrada de ajuda humanitária no enclave.

"Deve haver centenas de camiões, não apenas alguns. Não vou ficar parado. Estamos a tentar fazer tudo o que podemos para obter mais assistência", afirmou.

Mais de 100 palestinianos mortos enquanto recebiam ajuda humanitária
Mais de 100 palestinianos mortos enquanto recebiam ajuda humanitária

Da mesma forma, Biden disse esperar que "em breve" seja alcançado um acordo para a libertação dos reféns detidos pelo grupo islamita palestino Hamas e um cessar-fogo de seis semanas na ofensiva israelita na Faixa de Gaza que permita a entrada de ajuda.

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro, dia em que combatentes do Hamas realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em cativeiro, segundo as autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que depois se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 146.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza acima de 30.000 mortos, mais de 71.000 feridos e milhares de desaparecidos, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

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