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Portugal transplantou o maior número de órgãos de sempre em 2023

26 jan, 2024 - 15:57 • Lusa

Ministro da Saúde explica que "os números são ainda preliminares e muito positivos. Terá havido, em 2023, 966 órgãos transplantados e esse é, de facto, o maior número de sempre, ultrapassando em muito o número do ano anterior e o recorde anterior, que já era de 2009", destacou.

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Portugal registou em 2023 cerca de mil transplantes de órgãos, sendo este o maior número de sempre registado no país, anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

"Os números são ainda preliminares e muito positivos. Terá havido, em 2023, 966 órgãos transplantados e esse é, de facto, o maior número de sempre, ultrapassando em muito o número do ano anterior e o recorde anterior, que já era de 2009", destacou.

No final da sessão de abertura das II Jornadas Nacionais de Doação de Órgãos, que decorrem em Coimbra, Manuel Pizarro aludiu ao facto de a transplantação de órgãos estar limitada à disponibilidade de órgãos que possam ser transplantados.

"Nós colhemos habitualmente órgãos em dadores que já faleceram, colhemos também em dadores vivos, mas evidentemente que essa é uma atividade que será sempre limitada. Estamos a falar, sobretudo da doação de rins e, nalguns casos muito específicos, na doação de fígado", acrescentou.

Aos jornalistas, o governante, que também é médico, aludiu à possibilidade de se incrementar a colheita de órgãos em doentes que estão em paragem cardiorrespiratória.

"Durante um determinado tempo de paragem cardiorrespiratória, ainda será possível colher órgãos com viabilidade. Isso exige uma grande sofisticação na organização dos hospitais, mas também exige a adequação do quadro legal, para que, com todas as garantias éticas em relação às pessoas em causa, seja possível obter esses órgãos que podem salvar vidas", referiu.

Na sua intervenção na abertura das II Jornadas Nacionais de Doação de Órgãos, a presidente do conselho diretivo do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Maria Antónia Escoval, indicou que foram transplantados 966 órgãos e colhidos 1.060.

"É a melhor série temporal em relação a rim, no que toca a dador falecido e dador vivo, a pulmão e a pâncreas", frisou.

Segundo Maria Antónia Escoval estes são dados preliminares, que deverão ser publicados no final de abril, princípio de maio.

As II Jornadas Nacionais de Doação de Órgãos subordinadas ao tema "Mais Órgãos... mais transplantação" são promovidas pelo Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Local de Saúde de Coimbra (CHUC), em parceria com o Gabinete de Coordenação e Colheita de Órgãos do CHUC.

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