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Portugal condena com "firmeza" violência no Egipto

15 ago, 2013 - 19:51

Ministério dos Negócios Estrangeiros apela ao diálogo entre o governo interino e os apoiantes do presidente deposto Mohamed Morsi.

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O Governo português condenou hoje com "firmeza" a violência no Egipto e apelou à contenção e ao diálogo de todas as partes na procura de soluções que permitam regressar a uma situação de estabilidade.
 
"O Governo português está a acompanhar com preocupação a situação no Egipto. Condena com firmeza a violência, lamenta profundamente a perda de vidas humanas e apresenta condolências às famílias enlutadas", refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros enviado à agência Lusa.
 
A mesma nota precisa que o Governo português associa-se aos apelos internacionais, nomeadamente do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon e da chefe da diplomacia
comunitária, Catherine Ashton, e "exorta todas as partes à contenção e ao diálogo na procura de soluções que permitam criar urgentemente condições propícias a um regresso a uma situação de estabilidade". 
 
"Apenas o estabelecimento de um processo de transição, plenamente inclusivo, que salvaguarde as liberdades fundamentais de todos os egípcios e que culmine na realização de eleições livres e justas, permitirá uma reconciliação sustentável", lê-se na nota. 
 
O Ministério dos Negócios Estrangeiros garante ainda que está "particularmente atento à situação dos cidadãos portugueses que se encontram no Egipto" e que estes estão a ser acompanhados pelos serviços do Ministério e Embaixada no Cairo. 
 
A onda de violência no Egipto causou pelo menos 525 mortos na quarta-feira, informou hoje o Ministério da Saúde, e a situação já motivou um apelo do papa Francisco à "paz, ao diálogo e à reconciliação". 
 
Os mais de 500 mortos incluem 202 manifestantes do campo de Rabaa al-Adawiya, no Cairo, e 43 agentes policiais por todo o país, disse fonte oficial do ministério. 
 
A violência no Egipto foi desencadeada quando, na quarta-feira, as forças de segurança invadiram acampamentos de protesto pró-Morsi, o presidente destituído e detido pelo exército a 3 de Julho.

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