Entrevista Bola Branca

Entrevista a Ruy Castro: “O Pelé pediu-me um autógrafo no livro do Garrincha. Que absurdo"

15 mar, 2024 - 10:35 • Hugo Tavares da Silva

O autor de "Estrela Solitária”, a biografia de Garrincha, esteve em Lisboa, na Gulbenkian, para falar sobre a arte da biografia. Em conversa com a Renascença, abordou os pecados capitais do ofício, refletiu sobre alcoolismo e elogiou Jorge Jesus, que defendeu a sua pátria: o Flamengo.

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O gravador já não emitia qualquer onda naquele oceano que promete memória quando outro aparelho eletrónico do entrevistador ganha vida e surge a fotografia de 1958. O adolescente Pelé, feliz e babando lágrimas, estava agarrado a Gilmar. O hollywoodesco Didi está ao lado, com o punho a fazer cócegas ao céu e um sorriso triunfador que sentenciava o fim do 'vira-latismo'. Ruy Castro, escritor e jornalista brasileiro que escreveu, entre outras, a biografia de Garrincha, lembrou-se imediatamente de uma história.

Naquele momento, no Rio de Janeiro, talvez às 14 horas ou pouco mais, o pai de Garrincha estava agarrado ao rádio a ouvir o filho ser campeão do mundo. A fotografia do momento está eternizada em “Estrela Solitária”, o livro que conta a história trágica do 'anjo das pernas tortas'. “Esteve perdida nos arquivos 40 anos”, confessa, também ele revelando o triunfo do biógrafo. Ruy Castro, de 76 anos, esteve na Fundação Gulbenkian, quarta e quinta-feira, para a conferência “A Arte da Biografia”. O autor das biografias de Nelson Rodrigues, o tal prolífico escritor e polémico pensador que popularizou o ‘complexo de vira-lata’, Carmen Miranda e outra sobre o seu Rio de Janeiro, sentou-se com a Renascença numa sala cortada ao meio pela luz.

Está preparado para [o seu colega de painel] Ricardo Araújo Pereira lhe pedir para escrever a biografia de Eusébio? [a conversa aconteceu antes da conferência]
Olha, eu vi o Eusébio jogar. Não ao vivo, mas pela televisão. Um grande jogador. Eu não tenho a menor ideia do que aconteceu na vida dele. Ele era moçambicano, não é? Não devia ser fácil ser um moçambicano na metrópole naquela época. Ele foi um vitorioso, um grande jogador de nível internacional e certamente tem uma vida que merece ser contada. Deve ter muitos lances interessantes.

Mas eu só posso fazer biografias sobre assuntos cujo contexto geral eu conheça. Por exemplo, não posso biografar nem uma personagem brasileira de São Paulo, só do Rio. É importante você saber o contexto onde a pessoa viveu. Há tanta coisa que é preciso descrever que seria mais interessante se você soubesse o básico de antemão, o cenário pelo menos. Só posso biografar pessoas ligadas ao Rio de Janeiro, é o ambiente que conheço totalmente, é uma economia de tempo. A geografia, o espírito de cada região da cidade, eu já conheço, sendo carioca, e aí posso concentrar-me no personagem.

O protagonista estar morto é inegociável para si?
Exatamente, não pode confiar no biografado vivo, ele vai trair-te um dia. Você faz a biografia que julga que está completa e definitiva, o livro é publicado, o biografado vive mais 10, 15 ou 20 anos, ele vai fazer alguma coisa que você não previa e pode desmentir completamente a sua biografia. E o mais grave: isso pode ter começado enquanto você estava trabalhando na biografia dele. Isso desmoraliza o seu trabalho. Com o biografado morto, não, a história está completa. Não há possibilidades de ele te fazer uma rasteira, então você tem a obrigação de saber tudo o que aconteceu com ele em vida. É muito comum que o biógrafo saiba mais do que a família do biografado. Só o conhecem em casa. Como vão saber como é na rua, no trabalho, no lazer fora de casa? Suponha que tem umas namoradas fora de casa, como é que a família vai saber disso?

As autobiografias são uma espécie de heresia, então?
Essa palavra é completamente errada, não existe autobiografia. É a biografia de si próprio. A palavra biografia em autobiografia é que compromete todo o sentido. Uma biografia de verdade envolve você procurar, escutar e conversar com pelo menos 200 pessoas que conviveram com o biografado, de todas as maneiras, em todas as épocas, em todas as situações, e aí pode ter um retrato da pessoa. Uma biografia demora muito tempo a ser feita, é quase improvável que alguma coisa melindrosa ou delicada sobre a personagem não apareça, dito por alguém até sem querer. Envolve toda essa complexidade.

Uma autobiografia significa que vou ouvir a mim mesmo, vou ouvir a minha memória, que é falha, isso funciona a meu favor. Qualquer autobiografia é zero confiável. Não é que as pessoas não devam escrever sobre si mesmas, eu acredito que devem, mas não chamem autobiografia, mas “memórias”. É o que é.

Na introdução de “O Anjo Pornográfico” faz questão de lembrar que aquele livro é uma biografia e não um estudo crítico. As pessoas exigem sentenças? Preto ou branco?
A função do biógrafo é levantar informações, os factos. A interpretação dos factos é para outra pessoa, não é?, muito mais especialista naquilo do que o biógrafo. O biógrafo reconstrói a vida de alguém e o analista literário vai fazer o trabalho dele. Algumas biografias misturam uma coisa com a outra. Para mim, existe a biografia e o ensaio biográfico, que aproveita elementos da vida da personagem, mistura com a obra, tenta tirar ilações, deduções e presunções, é altamente subjetivo naturalmente. Isso sou contra.

Sou contra também o pseudo-biógrafo que levanta a vida de alguém através da obra dele, como se costuma fazer, como se tem feito com grande sucesso comercial lá no Brasil. Suponha que vai biografar o ficcionista e vai tentar deduzir a vida dele baseada nas personagens que ele inventa. Isso não pode ser: todo o ficcionista, por definição, é um mentiroso. Ele trabalha com a mentira, a ficção, você não pode acreditar na personagem, senão estaria até desfazendo a capacidade dele de criar personagens, que tira da imaginação e nunca existiram. Como pode confiar numa pessoa dessas?

Quão prazeroso foi escrever “Estrela Solitária”? Imagino que quantas mais contradições e camadas tiver o biografado melhor…
No Garrincha, evidentemente, para além da genialidade como jogador, o que mais importou para mim na história dele é o alcoolismo. A ideia original, na verdade, era um livro sobre alcoolismo, é um assunto que me interessa muito, da qual sou moderadamente conhecedor, pelo facto de ser alcoólatra. Não bebo há 36 anos, mas é um assunto que conheci e conheço muito bem, continuo a estudá-lo. Seria uma história muito ampla e não sou ensaísta.

Eu queria contar uma história, a história de alguém, de um alcoólatra. Não podia ser um qualquer, tinha de ser uma pessoa que foi destruída pelo alcoolismo. Tinha de ser um vencedor, vitorioso, que foi destruído. Aí, imediatamente veio à cabeça Garrincha.

Em menino bebia ‘cachimbo', não é? Cachaça com mel.
Davam-lhe isso em criança, sim. Cachaça com mel e canela em pau. As famílias modernas, urbanas, sempre deram às crianças alguma coisa doce com leve teor alcoólico, para acalmar e parar de chorar. No Brasil havia uma coisa chamada Biotônico Fontoura, que era um preparado, uma beberagem grossa tipo xarope. E continha álcool. As pessoas não sabiam, era altamente popular. Todas as crianças levavam colheradas e colheradas, com um, dois, cinco anos. Achava-se que fazia muito bem. Depois, descobriu-se que tinha alcool.

O que acontece? Se está habituado a ingerir bebidas contendo álcool desde cedo e não se sente mal, considerando que o álcool é um tóxico, ao contrário sente que te faz bem, é evidente que você tem um organismo com tolerância extraordinária ao álcool. Segundo: como aquilo te dá uma sensação agradável, embora não saiba porquê, você vai querer continuar a ingerir coisas que contenham álcool. Durante décadas não te causa problema nenhum, até ao momento que a ingestão diária de álcool deixa de ser uma coisa recreativa e desportiva, saudável, e se torna uma necessidade do organismo, que já não funciona mais com aquela dose horária de álcool. Trinta anos depois, você está na situação do Garrincha.

Certo.
Calculo que o problema alcoólico do Garrincha começou quando ele tinha por volta de 30, 35 anos. Até então, bebia em grande quantidade mas continuava funcionando normalmente. Isso aconteceu comigo, funciona normalmente durante 20 anos. Depois, de repente, não consegue passar sem aquilo e a sua vida passa a girar em função disso. O alcoolismo tem essa característica de, numa fase aguda de dependência – eu precisava de beber de meia em meia hora –, tudo o mais se tornar insuportável. Tudo. Trabalhar, pagar contas, tomar banho, entendeu?, tudo é chato.

A pergunta então é um desastre, foi tudo menos prazeroso.
Não, não, ao contrário. É um assunto que me interessa muito, converso sempre com pessoas vítimas ou que tenham superado esse assunto, troco impressões. Fascina-me como algumas pessoas conseguiram superar isso. O que me oprimia no trabalho sobre o Garrincha, principalmente quando estava na fase de escrever, era eu já saber o que ia acontecer com ele daqui a 15, 30 páginas. Eu torcia por ele. “Não vai por aqui”, mas ele ia [risos], e já tinha ido.

O Ruy tinha 10 anos no Mundial da Suécia. Vendo bem, Pelé só tinha mais sete. Como foi ver Pelé sendo Pelé? Num artigo, Nelson Rodrigues até lhe chamou ‘Rei' antes do torneio…
Eu vi o Pelé muito poucas vezes, falei com ele en passant. Cometi a audácia de dar um autógrafo ao Pelé, ele pediu para o livro do Garrincha [serena gargalhada]. Eu estava sentado ao lado dele, num programa de televisão, à espera de subir para ser entrevistado, e o Pelé estava ao meu lado com o livro do Garrincha, porque o assunto era o livro. O Pelé abriu o livro e disse: “Dá-me o seu autógrafo?”. Então, autografei o livro para o Pelé, que absurdo isso [gargalhada]. O Pelé foi, certamente, a pessoa do mundo que deu mais autógrafos. De repente, você dá um autógrafo para o Pelé, é ridículo [mais gargalhada].

O senhor teve tempo para sentir e desprender-se do 'complexo de vira-lata' ou tal definição só atingia os futebolistas brasileiros?
Nunca senti, não não. Eu comecei muito cedo e sempre fui muito valorizado. Nunca tive nenhum problema. Deixei de ocupar cargos importantes na imprensa brasileira porque recusei. Fui convidado para assistir a três ou quatro Copas do Mundo, nunca quis.

Numa troca de e-mails em tempos idos, creio que me disse que não vê futebol a sério na seleção desde 1982. É assim?
Desde então nunca mais me interessei muito. Nunca gostei da maneira de jogarem, aquele tipo de jogo defensivo da Copa de 94 e, qual é a outra? [questiona a escrita Heloisa Seixas, a mulher], de 2002, não é?, que o Brasil ganhou. Discordei sempre do treinador, das convocatórias. É completamente sem sentido fazer uma seleção nacional só com jogadores que só jogam no estrangeiro. Imagino que aconteça na seleção portuguesa, não é?

Quase todos.
Pois é. Quer dizer, você não tem convívio diário com o jogador, não é do seu clube, não tem muita graça. Claro, se aparecer uma seleção brasileira que joga maravilhosamente bem, eu vou-me interessar por ela, vou acompanhar os jogos. Mas a Copa de 82 tinha naquela equipa pelo menos três ou quatro génios do futebol – Zico, Júnior, Falcão e Sócrates. Essa seleção é derrotada e nas Copas seguintes você vê jogadores completamente desqualificados. Isso desanima a própria importância da competição.

Imagino que a entrada de treinadores estrangeiros e portugueses desvirtue um bocado a natureza do jogo brasileiro…
Pelo contrário.

Apreciou?
Muito. Sou totalmente a favor. Só têm a contribuir, principalmente em matéria de disciplina, preparação física, intensidade a jogar, a perfeição na troca de passes. O treinador brasileiro é muito vago e prático, geralmente se limita a dar instruções assim de… como se diz… relações pessoais dos jogadores. Os estrangeiros, e os portugueses principalmente, são muito rigorosos. Talvez a maior fase do futebol do Flamengo foi com o Jorge Jesus e aqui parece que não tem muita importância. Mas lá foi decisivo.

Em tempos, numa entrevista ao “Público”, disse que o seu patriotismo era o Flamengo.
Exatamente, é.

Ficou com boa impressão de Jorge Jesus, então?
A melhor possível. Tenho a certeza que ele só foi embora do Brasil porque ele ficou com medo da pandemia de covid-19. Ele era muito prestigiado no Flamengo, era adorado, idolatrado pela torcida do Flamengo, que é ser idolatrado por 40 milhões de pessoas. Ele ganhava um salário compatível com o futebol europeu. Era um vitorioso. Os jogadores tinham uma paixão por ele. Ele não tinha motivos para ir embora, mas naquela situação da covid, com o Presidente Bolsonaro desprezando os tratamentos e tudo o mais, eu acho que ele ficou com medo. Todo o mundo ficou com medo. Eu fiquei.

Privou com ele?
Não, nunca. Nunca falei com ele, nem o vi pessoalmente. Mas não precisava, estava na televisão em todos os momentos. Quando o Flamengo voltou da conquista da Libertadores, em que a torcida foi lá recebê-los ao aeroporto e depois no desfile no carro dos bombeiros, havia um milhão e meio de pessoas na rua. Ele nunca sonhou ver nada parecido com aquilo, nunca verá de novo. Deve ter sido o maior momento da vida dele.

Voltando às biografias, sobre que português se imaginaria a escrever?
Foi o que te falei, eu não escolheria porque seria tanto tempo a aprender sobre Portugal, Lisboa, sobre aquela época, que seria um tempo que acho que é inútil despender. Teria de despender muito tempo para aprender coisas que você nasceu sabendo até começar a poder debruçar-me sobre a personagem. Você tem de partir de um contexto de que saiba o básico, até de uma personagem que conheça o básico.

Todos os brasileiros da minha geração ou da minha formação intelectual já começam a saber bastante sobre Nelson Rodrigues, Garrincha e Carmen [Miranda]. Por acaso vi o Garrincha a jogar; quando Carmen Miranda morreu eu tinha sete anos, os meus pais eram grandes admiradores, nasci escutando Carmen Miranda. Lembro-me da notícia da morte dela, pelo rádio, eles ouviram e choraram. Eu conheci o Nelson Rodrigues, privei com ele inúmeras vezes, não era amigo dele, mal lhe dirigi a palavra. Ele frequentava um apartamento que eu frequentava, a casa de outro jornalista. Eu vi-o pessoalmente umas 10 ou 15 vezes, vi-o no Maracanã, na rua e almocei com ele algumas vezes na presença de muita gente. Depois almocei sozinho com ele, numa entrevista que lhe fiz, pouco antes de morrer.

Ou seja, eu tinha um conhecimento básico, além de ter lido toda a obra dele várias vezes. Isso facilita muito. O facto de ser amigo de amigos dele facilitou-me enormemente. Isso deu-me tempo para procurar pessoas na infância em Pernambuco. Se você tem o básico dominado, pode partir para procurar coisas muito mais difíceis e importantes.

Admirar o biografado é positivo ou pode ser uma armadilha?
Acho que é positivo. A biografia parte de uma fé, de uma admiração, de uma paixão, não é? Seria muito triste você biografar uma pessoa que você detesta, que não admira ou despreze, entendeu? Você vai passar três, quatro, cinco anos fazendo um exercício diário de ódio, de desprezo. Ao passo que se biografar alguém que admira, seja um artista, um escritor, um político, o que for, e se se interessar pela vida dele é como escolher alguém que está num pedestal. Tem de ser uma pessoa importante, famosa.

Tudo bem, mas qual é a função do biógrafo? Tirar essa pessoa do pedestal, trazer para o rés do chão, reduzir essa pessoa à condição de um ser humano, com os seus milhões de defeitos que você se vai empenhar em procurar. No final do trabalho, se essa pessoa, o que tiver sobrado dela, tiver condições de subir no pedestal, ótimo. Se não… lamento [risos], essa pessoa é isso, não é? De repente, você se desaponta com a personagem. Acredito que a biografia deveria ser um trabalho de desapontamento diário com a personagem. Você parte de uma admiração e se obriga a procurar os defeitos dessa pessoa. Se for biografar alguém que deteste à partida, vou ter de procurar as qualidades dela. Eu não quero [risos]...

Qual é o pecado capital de um biógrafo?
Acho que é começar a escrever antes de ter toda a história apurada. A gente vê no cinema: botamos o papel na máquina e aparece “capítulo 1”. Isso não é assim, é impossível. Você tem todo um trabalho, aliás é a parte que leva mais tempo. Se você levar cinco anos para fazer uma biografia, como eu levei para fazer a da Carmen Miranda, três anos e meio é a busca de informações, conversar com as pessoas, procurar documentos, desencavar artigos, abrir gavetas alheias, abrir a cabeça de pessoas que têm informações que nem se lembravam que tinham. Assaltar propriedades dos familiares.

Falemos no caso da família da Carmen Miranda, por exemplo. Ela morreu em 1955. Os pertences que estavam em Los Angeles foram mandados para o Rio, todos os turbantes, sapatos, quinquilharias, papéis, etc, todo o recheio da casa foi enviado para o Rio e disperso entre algumas pessoas para um possível museu, que levou 20 anos para ser feito. A outra parte ficou com a família, infelizmente, porque a família se desfez daquilo tudo rapidamente. Qualquer pessoa que chegasse lá e dissesse que era fã, “ahh é, meu filho, então toma, leva este turbante, leva este sapato, este colar”, desfizeram-se de tudo. Não tinham ideia da importância da Carmen. Nem a irmã, a Aurora, nem as sobrinhas, que eram umas débeis mentais. Até hoje são. Não sabem nem o dia de aniversário da Carmen [risos].

Cinquenta anos depois, uma pessoa apresenta-se como biógrafo e havia muita riqueza para explorar, mas estava tudo disperso entre pessoas que nem sabem quem eram. Fui procurar a família, para saber o que podia aproveitar. Só havia uma coisa que conservaram, exatamente o que ninguém quis: os documentos. Passaportes, carteira de identidade, de trabalho, certificados anuais de residência, certidões de nascimento dos filhos, com as mudanças de endereço. Isso é absolutamente ouro em pó para o biógrafo, essa história de vida baseada em documentos.

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