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Salários em atraso. Redação do JN promete “formas de luta concertadas”

28 dez, 2023 - 20:56 • Ricardo Vieira

Trabalhadores perguntam também o que está a Comissão Executiva a fazer “com as receitas que continuam a entrar para o grupo".

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A redação do Jornal de Notícias (JM) repudia o não pagamento do salário de dezembro aos trabalhadores do grupo Global Media e promete “formas de luta concertadas”.

Os trabalhadores estiveram esta quinta-feira reunidos em plenário e reagiram, em comunicado, à decisão anunciada esta quinta-feira pela empresa de incumprimento nos salários, alegando uma situação financeira “extremamente grave”.

A redação do JN repudia “os argumentos aduzidos, designadamente o da não concretização do negócio de venda da participação do GMG na Agência Lusa, que não só cobriria apenas o pagamento do subsídio de Natal, como pelo facto de o negócio ter caído por força das afirmações da administração, que anunciou um despedimento coletivo dias antes de assinar a transação”.

Os trabalhadores apelam a Marco Galinha, chairman do Global Media Group, e os outros acionistas, Kevin Ho e José Soeiro, “a pronunciar-se publicamente sobre o estado do grupo, em decadência desde a entrada do World Oportunity Fund, e os danos reputacionais provocados pela atuação dos membros da Comissão Executiva e pelas sucessivas ameaças de falência”.

Perguntam também o que está a Comissão Executiva a fazer “com as receitas que continuam a entrar para o grupo, qual a prioridade nos pagamentos e em que lugar dessa prioridade estão os trabalhadores”.

A redação do JN alerta para os “prejuízos operacionais e a degradação dos conteúdos” provocados pela falta de pagamento aos colaboradores.

O Ministério da Cultura, em comunicado divulgado esta quinta-feira à noite, anunciou que vai reportar a situação à Entidade Reguladora para a Comunicação Social e diz que o grupo Global Media pode, “no limite, desencadear os mecanismos necessários para que o Fundo de Garantia Salarial seja acionado”.

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