09 abr, 2024 - 16:55 • Ana Kotowicz
Uma explosão numa barragem em Itália, na região de Bolonha, fez, pelo menos, quatro mortos, e três pessoas continuam desaparecidas. Segundo a agência Ansa, o mais recente balanço, feito pela autarquia de Bolonha, aponta ainda para cinco trabalhadores feridos, enquanto outros três trabalhadores conseguiram sair ilesos da central hidroelétrica.
O acidente terá acontecido por volta das 15h00 (menos uma hora em Lisboa), e tudo indica que se terá tratado de uma explosão num gerador da central. No entanto, as autoridades escusaram-se a apontar, por enquanto, as causas do acidente.
A explosão não provocou danos na estrutura da barragem.
“O número de vítimas e feridos envolvidos neste grave acidente na central hidroelétrica de Suviana, nos Apeninos Bolonheses, é trágico", escreveu o ministro Matteo Piantedosi nas redes sociais. “Acompanho a evolução da situação e as buscas pelos desaparecidos. Agradeço aos bombeiros e a todos aqueles que estão incansavelmente empenhados nos esforços de resgate nestas horas dramáticas”, acrescentou o titular da pasta da Administração Interna.
Ao início da tarde, o autarca de Camugnano, a região onde está localizada a barragem situada à beira rio, explicou aos jornalistas que os feridos graves, que acabariam por morrer, foram retirados da central e transportados para o hospital. A maioria deles, avançou, seriam funcionários de empresas externas à Enel, a proprietária da central. Segundo o jornal italiano La Repubblica, que cita o autarca Marco Masinara, terá havido um incêndio no piso -9 da central.
Segundo o mesmo jornal, a sala onde terá ocorrido a explosão, e que está abaixo do nível do mar, ficou alagada. "Há muito fumo no local e isso dificulta o acesso ao local", explicou, no início das operações de resgate, o comandante dos bombeiros de Bolonha, Calogero Turturici. “Ainda não sabemos o que provocou o acidente", acrescentou, referindo que há geradores naqueles pisos. Tudo indica que terá sido um deles a causar a explosão, mas Turturici preferiu ser cauteloso e não avançar qual causa do acidente, sem ter mais dados concretos.
Uma vez que as salas estão alagadas, é impossível chegar até elas e, por isso mesmo, explicou o comandante dos bombeiros, os depoimentos das testemunhas serão cruciais para perceber o que aconteceu.