D. Jorge Ortiga lembra que o trabalho é um direito e um dever
14 dez, 2011 • Domingos Pinto
Confrontado com os números do desemprego, o Arcebispo de Braga defende que o que conta são as pessoas e não as estatísticas.
Os portugueses "não podem resignar-se perante o aumento do desemprego", considera o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social em reacção aos números do desemprego hoje divulgados, que apontam para uma subida do número de inscritos em quase 3% de Outubro para Novembro.
D. Jorge Ortiga lança um desafio aos portugueses e ao poder político: “Perante a realidade do desemprego, que os governantes abram pistas para encontrar espaço para que todo e qualquer cidadão exercer o seu direito ao trabalho, porque trata-se efectivamente de um direito”.
“Mas que também os portugueses acordem para a responsabilidade de ver o trabalho como um dever. Não se resignar, mas lutar para que o trabalho seja um direito usufruído por todos”, defende o Arcebispo de Braga.
O que conta, diz D. Jorge Ortiga, são as pessoas e não as estatísticas. “As pessoas é que nos devem preocupar e os números não nos podem de maneira nenhuma tranquilizar. Inquietam em função das pessoas. Se continuarmos a julgar com números, e por vezes até a perder tempo com as estatísticas, não chegamos a lado nenhum”, afirmou.