Arcebispo de Cali critica táctica de contra-guerrilha do Governo
07 dez, 2011
Dario Monsalve contradiz as posições assumidas pela conferência episcopal nas suas posições sobre as FARC.
O arcebispo Dario de Jesus Monsalve, de Cali, na Colômbia, lançou duras críticas contra o Governo de Bogotá pela forma como tem lidado com os guerrilheiros das FARC.
Monsenhor Monsalve lamentou especialmente a morte de Alfonso Cano, líder do movimento terrorista, que foi morto pelas forças armadas numa operação especial no início de Novembro.
Segundo o arcebispo, Cano deveria ter sido capturado com vida: “Porque é que não o trouxeram vivo? Porquê matar um homem com mais de 60 anos, ferido, cego e sozinho?”, perguntou.
A atitude de Cano diverge da posição assumida na altura pelo porta-voz da conferência episcopal da Colômbia, o bispo Juan Vicente Cordoba Villota que, salvaguardando que a Igreja não regozija com a morte de ninguém, agradeceu todavia que o exército tivesse “cumprido a sua missão”, que culminou com a morte do líder das FARC.
Monsenhor Monsalve e a conferência episcopal do seu país também adoptaram posições diferentes sobre o resgate falhado de cinco reféns das FARC no passado dia 26 de Novembro. Durante a operação as FARC executaram quatro dos reféns.
A conferência episcopal acusou os guerrilheiros de terem assassinado “impiedosamente” os reféns. Já Monsalve optou por criticar novamente a insistência do Governo em recorrer à força para combater as FARC.