25 out, 2011
A criação de uma autoridade pública mundial para responder à crise económica e financeira é um “importante e ousado” contributo da Santa Sé, defende D. Carlos Azevedo.
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social reconhece que a dificuldade de criar um organismo com estas características, mas espera que a proposta não caia no vazio.
“Parece que há uma ausência de forças que possam intervir”, refere o prelado, e ao mesmo tempo “sectores que continuam fora do alcance de uma regulação”.
D. Carlos Azevedo considera que a ausência de regulação nos mercados financeiros abriu caminho ao “descalabro” e que é preciso introduzir mudanças.
“Foi um dos caminhos que permitiu o descalabro e é necessário que haja alguma instituição que não permita que tal aconteça e que também possa resolver aquilo que só a Europa, só os Estados Unidos ou uma zona isolada do mundo não resolve”, afirma o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social.
O Vaticano sugere a criação de uma autoridade pública mundial que dê resposta à crise económica e financeira mundial. A proposta foi lançada esta segunda-feira e surge num documento do Conselho Pontifício Justiça e Paz, onde se lê também que mais de mil milhões de pessoas vivem com um pouco mais de um dólar por dia. A Santa Sé propõe, também, a taxação sobre todas as operações financeiras.