A operação de resgate de imigrantes ao largo da ilha italiana de Lampedusa, realizada no fim-de-semana, permitiu recolher 2.100 pessoas, segundo forças de socorro de Itália citadas pela imprensa.
Os imigrantes, oriundos sobretudo da África subsaariana,
seguiam em 12 canoas. Trata-se de um afluxo recorde entre a Líbia e Itália, já que a média diária de migrantes que tentavam alcançar o país europeu nos últimos meses era de 400 pessoas. Segundo as autoridades, este acréscimo pode estar relacionado com as actividades terroristas do autodenominado Estado Islâmico.
A operação implicou a mobilização de vários navios cargueiros que estavam na zona para ajudar a guarda costeira. Meios aéreos e marítimos das Forças Armadas italianas estiveram também envolvidos nesta operação.
Um "incidente alarmante" ocorreu perto da costa líbia, segundo um comunicado do Ministério dos Transportes italiano divulgado no domingo: uma embarcação da guarda-costeira italiana, que socorria uma das canoas, foi abordada por uma lancha rápida vinda da costa e quatro homens armados de metralhadoras ameaçaram as forças italianas.
Na sexta-feira cerca de 600 migrantes a bordo de seis barcos insufláveis foram socorridos a 50 milhas da costa líbia por navios mercantes e uma embarcação da guarda-costeira italiana.
Mais de 300 imigrantes que partiram a 7 de Fevereiro de uma praia próxima de Tripoli desapareceram ou morreram de frio a tentar alcançar a costa italiana, sob condições atmosféricas adversas.
O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou no domingo um vídeo que mostra a
decapitação de 21 coptas (cristãos egípcios) sequestrados na cidade de Sirte, no norte da Líbia.