27 ago, 2013
Quando se fala na possibilidade de os Estados Unidos lançarem um intervenção militar na Síria, o Governo português diz que está a acompanhar a situação e a realizar contactos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros refere, num comunicado divulgado esta terça-feira, que “em estreita articulação com os seus parceiros e aliados, está a acompanhar a situação nas diferentes instâncias internacionais”.
Nesse sentido, o chefe da diplomacia portuguesa, Rui Machete, falou com o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, a propósito da reunião de emergência convocada esta terça-feira. pela organização.
No comunicado enviado às redacções, o Governo português não se pronuncia sobre a participação numa eventual intervenção militar na Síria, que poderá já estar em preparação por parte dos Estados Unidos e dos aliados ocidentais.
O Governo português condena de forma “veemente” os “recentes ataques com armas químicas” nos arredores de Damasco, na Síria, que mataram pelo menos 355 civis, segundo a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras.
“Portugal considera que a utilização de armas químicas é inaceitável, representa uma grave violação do direito internacional e constitui um crime hediondo”, refere o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado.
O gabinete do ministro Rui Machete considera que o ataque da última quarta-feira nos arredores da capital síria vem agravar “seriamente a dramática situação humanitária da Síria”.
“Recordando que a obrigação primeira de um Governo é proteger os seus cidadãos, Portugal condena firmemente a interminável escalada da violência e exprime a sua profunda solidariedade e apoio ao povo sírio”, sublinha.
O Governo português, que já tinha exigido uma “investigação cabal” ao uso de armas químicas, “exige do Governo de Damasco que seja concedido à equipa de investigadores das Nações Unidas acesso irrestrito e seguro aos locais dos alegados ataques por forma a ser conduzida uma investigação profunda e apuradas responsabilidades”.