Ministro da Economia diz que o objectivo é "permitir um acompanhamento contínuo dos desempregados".
Álvaro Santos Pereira anunciou hoje que os desempregados inscritos nos centros de emprego vão ter um gestor de carreira para facilitar o regresso ao mercado de trabalho. O Governo quer ainda aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores desempregados até 2013.
A medida insere-se no Programa de Relançamento do Serviço Público de Emprego, hoje aprovado em Conselho de Ministros, e visa "permitir um acompanhamento contínuo dos desempregados pelo mesmo técnico", evitando novas dificuldades sempre que se desloca a um centro de emprego, adiantou o ministro da Economia no final da reunião.
Álvaro Santos Pereira disse ainda que a rede de centros de emprego vai ser reestruturada e sujeita a fusões para se tornar "mais ágil" e que vão ser reduzidos 150 cargos dirigentes, "que vão passar a desempenhar tarefas técnicas de apoio e ter um contacto mais próximo com os desempregados".
O programa prevê também aumentar em 20% o número de ofertas captadas pelo centro de emprego e aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores desempregados até 2013, o que corresponde a um aumento de cerca de três mil colocações por mês.
Equipa de Bruxelas a caminho de Portugal A equipa de acção europeia de combate ao desemprego jovem partiu hoje para Portugal, que regista uma taxa de 34,5% de população jovem sem trabalho. A sua missão é arranjar soluções para o problema.
A situação portuguesa, segundo a Comissão Europeia, deve-se principalmente "à segmentação do mercado de trabalho, ao baixo nível das qualificações ou a uma grande percentagem de desemprego de longa duração entre os mais jovens".
A equipa enviada por Bruxelas vai trabalhar em estreita colaboração com peritos nacionais para avaliar como podem ser usados no combate ao desemprego entre os jovens os 14% de fundos estruturais europeus que estão por atribuir.
Bruxelas apresenta como exemplos de medidas de curta duração a promoção de estágios profissionais em áreas "relevantes para o mercado de trabalho", o apoio ao auto-emprego, o desenvolvimento de estratégias para reduzir o abandono escolar precoce ou a reforma da legislação laboral.