Lisboa
Portagem no Cais do Sodré? Automobilistas têm de pagar para percorrer rua
24 out, 2011 • João Cunha
Ainda não são as portagens que alguns defendem no centro das grandes cidades, mas na capital já se paga para percorrer uma rua.
A reformulação na circulação automóvel que a Câmara Municipal de Lisboa está a aplicar na zona ribeirinha junto ao Cais do Sodré está a apanhar de surpresa muitos automobilistas. A rua da cintura do Porto está agora vedada por duas rotundas e só atravessando um parque de estacionamento (pago) da EMEL é que se consegue chegar ao outro lado da mesma rua.
Muitos automobilistas estão surpresos com a reformulação na circulação automóvel que a Câmara está a aplicar na zona ribeirinha, junto ao Cais do Sodré.
Há algumas semanas, a Rua da Cintura do Porto de Lisboa está vedada por duas rotundas. Assim, quem quiser chegar ao outro lado da rua tem de atravessar um parque de estacionamento da EMEL e pagar a respectiva taxa, constatou a Renascença.
Quem entra junto à estação do Cais do Sodré, na rua de Cintura do Porto de Lisboa, tem um sinal de beco sem saída. Mais à frente, a circulação é interrompida por duas rotundas, separadas por uns metros de passeio largo e alto.
Fica assim bloqueada a passagem, por exemplo, para a zona de Alcântara ou Algés. A não ser se quiser pagar. É que por 40 cêntimos, a EMEL, deixa-o atravessar um novo parque de estacionamento, colado às duas rotundas, e passar de uma para a outra, para prosseguir viagem.
A Câmara de Lisboa explica que o que se pretende é optimizar o interface de transportes do Cais do Sodré, onde pretende que deixem de passar tantas viaturas.
O engenheiro Mendes Reis, do Gabinete do Vereador da Mobilidade, adianta que tudo faz parte de um plano que inclui o reperfilamento da Avenida da Ribeira das Naus, e que ainda trará mais alterações ao trânsito.
A solução é recorrer a avenida 24 de Julho, que tem pouco tráfego e mais do que capacidade para escoar o tráfego.
A EMEL escusou-se até agora a comentar a situção.