O ministro da Saúde declarou extinto o surto de legionella, que começou no passado dia 7 e provocou 336 doentes e dez mortos, apesar de ainda poderem ocorrer mais óbitos.
No final da última reunião da “task-force” constituída para acompanhar o surto em Vila Franca de Xira, o ministro Paulo Macedo sublinhou a resposta dos hospitais que "trataram mais de 300 pneumonias", sem que tal afectasse a produção normal destas unidades de saúde.
Segundo o governante, os resultados laboratoriais agora divulgados reforçam a informação obtida anteriormente que apontam para uma relação entre as bactérias encontradas numa torre de refrigeração da
empresa Adubos de Portugal e as recolhidas para análise de doentes.
Trata-se de "uma informação que confirma todas as outras que já tivemos, em relação à fonte de emissão", disse.
O ministro ressalvou que ainda podem ser conhecidos novos dados, uma vez que ainda há análises a decorrer.
Segundo um comunicado conjunto dos vários organismos que compõem esta “task-force”, lido pelo director geral da Saúde, Francisco George, desde o início do surto registaram-se 336 casos de doença dos legionários, dos quais dez morreram.
A doença, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.