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“Chegámos ao limite dos cortes” na Educação

19 fev, 2014 • Manuela Pires

Antigo ministro David Justino considera que se deve apostar nos cursos profissionais, mas tendo em conta estudos prévios de viabilidade.

Ao longo dos últimos três anos, o orçamento do Ministério da Educação encolheu mais de mil milhões de euros. O presidente do Conselho Nacional de Educação e antigo ministro da Educação David Justino garante à Renascença não ser possível cortar mais.

“Estamos num nível que é o mínimo dos mínimos. Menos do que isto poderá afectar seriamente o funcionamento das escolas”, garante.

O ministro da Educação no governo de Durão Barroso e consultor do Presidente da República para os assuntos sociais alerta o Governo para o cuidado que se deve ter com a reafectação de recursos no futuro. “É preciso ter atenção com a expansão de novas ofertas de ensino, por exemplo, criar um curso profissional.”

Numa altura em que esta é uma aposta do Ministério da Educação, David Justino diz que não se devia aprovar nenhum curso profissional que não tivesse um estudo prévio de viabilidade. “A partir daqui quando começarmos a pensar em mais um curso, mais educação de adultos ou até mais um agrupamento de escolas, temos de pensar seriamente qual o investimento necessário e qual o retorno esperado”.