Com os cortes para o próximo ano, os funcionários públicos podem perder até três salários, ou seja, uma média de 52,5 euros mensais além dos cortes salariais que já sofreram em 2011 e 2012. As contas são da Frente Comum.
"É uma falácia a forma como o Governo está a anunciar que os trabalhadores só perdem um subsídio", acusa Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum.
Numa conferência de imprensa onde foi feita uma análise ao impacto das mais recentes medidas de austeridade, Ana Avoila disse ser "mau demais" o que está a acontecer aos trabalhadores.
"Este Governo está a servir-se dos trabalhadores da administração pública , usando-os como 'carne para canhão'. É um Governo incompetente ao nível da administração pública. Não percebe bem o que está a fazer."
Sobre a possível de saída de 85 mil trabalhadores da função pública no próximo ano, entre os que têm recibos verdes e os que vão para a reforma, Ana Avoila não tem dúvidas em afirmar que alguns serviços vão parar.
A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública escusou-se a avançar para um cenário de greve geral, apelando aos trabalhadores para que estejam unidos nos locais de trabalho.
A sindicalista lembrou a propósito a "grande jornada de luta nacional" já marcada para 29 de Setembro, em Lisboa, fixando como objectivo encher o Terreiro do Paço "como nunca aconteceu".
No sector privado, e tal como a
Renascença avançou na sexta-feira, as perdas por trabalhador são superiores a um ordenado líquido. Nos salários mais elevados, o corte pode ser ascender a dois salários líquidos. Se trabalhar no sector privado, pode usar a calculadora da Renascença, que pode consultar
AQUI.