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Governo espera concluir venda da TAP até ao final do mês

14 mai, 2015

"Apesar dos esforços de procurarem bloquear esta privatização, eu continuo bastante confiante", garante o ministro Pires de Lima. 

Governo espera concluir venda da TAP até ao final do mês

O ministro da Economia, António Pires de Lima, espera que o nome do futuro dono da TAP possa ser conhecido até ao final do mês.
 
A 24 horas do final do prazo para a apresentação de propostas com vista à privatização da transportadora a aérea, o governante está confiante neste processo, acreditando que deverá ser apresentada mais do que uma proposta.

“Apesar dos esforços de procurarem bloquear esta privatização, eu continuo bastante confiante de que vamos receber propostas e de que vamos ter um processo competitivo, com mais de uma proposta, para a privatização da TAP”, afirmou Pires de Lima.

O ministro da Economia reagia às declarações do líder socialista. António Costa afirmou que se a TAP vier a ser vendida a baixo preço essa será a prova dos erros do Governo.

Pires de Lima confirmou ainda que o Governo invocou o interesse público para travar a providência cautelar apresentada em tribunal pela Associação Peço a Palavra, ligada ao movimento Não TAP os Olhos.

"Já o decidimos em Conselho de Ministros. É assim, de facto", afirmou o governante, quando questionado pelos jornalistas, à margem da 11.ª conferência internacional da Associação Portuguesa de Contact Centers (APCC), onde fez uma intervenção.

Questionado sobre a razão que levou o Governo a invocar o interesse público, o ministro da Economia criticou a providência cautelar.

"Acho que é uma providência cautelar, se me permitem, quase esquizofrénica, contraditória nos próprios termos, de um grupo de cidadãos que acha que a TAP deve ser pública", disse Pires de Lima.

O ministro considera que este movimento quis "reclamar da ilegalidade de um caderno de encargos que aquilo que se compromete é a manter a TAP como uma empresa com sede em Portugal, com `hubs` [plataforma] portugueses" e "com um conjunto de obrigações de serviço público".

A TAP, adiantou, "precisa de ser privatizada para poder ser uma empresa competitiva e sustentável e, por isso, de facto, tomámos a decisão que hoje tomámos em Conselho de Ministros", concluiu.