Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Fibrose quística. Infarmed anuncia alargamento do acesso a tratamento inovador

10 mar, 2022 - 20:21 • Lusa

De 140 passarão a ser 215 os doentes elegíveis para tratamento com os medicamentos Kaftrio e Kalydeco, uma subida próxima dos 50%. "Graças a este maior acesso à inovação terapêutica, estas pessoas poderão beneficiar de mais anos e melhor qualidade de vida", lê-se no comunicado da Autoridade do Medicamento.

A+ / A-

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai disponibilizar os medicamentos para tratamento da fibrose quística Kaftrio e Kalydeco gratuitamente a um maior número de doentes, tendo sido aprovado “financiamento para doentes com outros tipos de mutações”, anunciou o Infarmed.

“Considerando este alargamento do financiamento, estima-se um aumento de cerca de 140 para aproximadamente 215 doentes elegíveis para esta terapêutica no SNS, o que representa uma subida próxima dos 50%. Graças a este maior acesso à inovação terapêutica, estas pessoas poderão beneficiar de mais anos e melhor qualidade de vida”, lê-se no comunicado do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento, divulgado esta quinta-feira

Em dezembro, doentes com fibrose quística reiteraram um apelo ao Infarmed para uma maior celeridade no acesso a um tratamento aprovado pela Agência Europeia do Medicamento e pela Comissão Europeia, o Kaftrio, afirmando ter demonstrado “resultados extraordinários”.

A fibrose quística “é uma doença genética rara, que, segundo o relatório de avaliação do Infarmed, afeta aproximadamente 350 pessoas em Portugal”.

“Provoca, frequentemente, deterioração da função pulmonar, infeções broncopulmonares e desnutrição, que eventualmente levam à morte do doente”, lê-se no comunicado.

“A inovação na área do medicamento é uma área essencial dentro do SNS. Em 2021, o Infarmed concluiu 72 processos relativos à introdução de medicamentos inovadores, com um crescimento de 14% face a 2020. A decisão de alargamento do financiamento deste medicamento resulta de um processo de avaliação que visou assegurar que, por um lado, o medicamento é uma mais-valia para todos estes doentes e, por outro, que se mantém assegurada a sustentabilidade do SNS”, conclui ainda o documento.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+