20 ago, 2013 - 12:08
O jesuíta italiano desaparecido na Síria no final do mês passado pode estar vivo. A informação está a ser avançada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, quase uma semana depois de ter anunciado que Paolo Dall’Oglio teria sido assassinado por rebeldes ligados à Al-Qaeda.
A organização sedeada em Inglaterra cita fontes das autoridades no terreno, contestando os relatos de activistas locais, reportados na semana passada pelo próprio observatório, de que o padre teria sido raptado e morto por rebeldes islamitas.
A possibilidade de Paolo Dall’Oglio estar vivo não foi ainda confirmada, por isso o Observatório Sírio dos Direitos Humanos pediu uma prova ao raptores.
O padre foi raptado a 29 de Julho enquanto visitava Raqqa, uma cidade ocupada, para tentar negociar uma trégua entre os rebeldes anti-Assad e as milícias curdas.
O jesuíta de origem italiana passou 30 anos na Síria, de onde foi expulso pelo regime de Damasco por criticar o governo de Bashar al-Assad. Ao longo dos últimos dois anos, continuou sempre a visitar a Síria, sobretudo as zonas ocupadas pela oposição.
A Renascença falou em duas ocasiões com o padre Dall’Oglio sobre a situação na Síria em geral e sobre a posição dos cristãos, tendo também sido o primeiro órgão a noticiar a sua expulsão do país.
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