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Altar da JMJ é caro? Governo abriu "concurso para casas de banho, ecrãs e iluminação por 8 milhões"

09 fev, 2023 - 07:00 • Susana Madureira Martins (Renascença) e Cristiana Faria Moreira (Público)

O autarca de Lisboa promete anunciar nos próximos dias o plano de redução de custos da Jornada Mundial da Juventude, que decorre entre 1 e 6 de agosto. Além do altar-palco na zona do Parque Tejo, Carlos Moedas confirma que a ideia é "manter" o palco do Parque Eduardo VII, mas com "um custo muito inferior".

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Hora da Verdade - Carlos Moedas
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Nos "próximos dias", Carlos Moedas promete anunciar a redução de custos do altar-palco do Parque Tejo, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2023).

O autarca de Lisboa irá fazê-lo numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Fundação JMJ, D. Américo Aguiar, e confirma que a ideia é "manter" o palco do Parque Eduardo VII, mas com "um custo muito inferior" ao que estava a ser trabalhado. Ao mesmo tempo dá o troco às críticas que ouviu sobre os quatro milhões de euros para o altar-palco do Parque Tejo: o Governo abriu "um concurso para casas de banho, ecrãs e iluminação por oito milhões de euros".

Em entrevista ao programa Hora da Verdade da Renascença e do jornal Público, o presidente da Câmara de Lisboa diz-se "perplexo" com a forma de fazer política e denuncia que existe uma "politização de algo que nunca deveria ter sido politizado". Assume-se "obviamente" preocupado com o plano de mobilidade da Jornada. Em relação à necessidade de fecho de fronteiras durante os seis dias do evento, Carlos Moedas assume que é preciso "segurança máxima" de quem entra e sai do país

Vai ser possível o altar-palco do Parque Tejo custar menos do que os quatro milhões de euros? Quanto menos?

Em primeiro lugar, é muito importante transmitir aquele que vai ser um dos maiores eventos das nossas vidas, que é a Jornada Mundial da Juventude, em que vamos ter mais de um milhão de pessoas. Nunca houve um evento como este em Lisboa. Todos os lisboetas e os portugueses podem estar descansados que vamos fazer um grande, grande evento. E para isso é preciso olhar para aquela que foi a minha postura desde o início, que foi uma postura de preocupação de custo. Fui o primeiro de todos a dizer que este evento não deveria custar à Câmara Municipal mais de 35 milhões de euros, o que criou na altura alguma celeuma porque muitos disseram que Carlos Moedas, o presidente da Câmara, não queria pagar.

Houve e há uma preocupação de investimento e de custo. Agora, temos de ter as proporções deste evento. Estamos a falar de um evento em que se vierem um milhão de pessoas e se essas pessoas estiverem seis dias em Lisboa e se cada pessoa gastar durante esse tempo 100 euros, estamos a falar de um retorno imediato para a nossa economia de 100 milhões de euros.

Eu estou cada vez mais perplexo com a política em Portugal. Foi a politização de algo que nunca deveria ter sido politizado. Foi a politização de um evento desta natureza, um evento em que todos os protagonistas lá estiveram em 2019. Eu não estava lá. E de repente, há uma politização total do evento. O que é que eu quero dizer com isto? Quando olhamos para aquilo que era o custo que veio aqui a tornar-se o problema dos 4 milhões ou dos 5 milhões, ao mesmo tempo, o Governo abre um concurso para casas de banho, ecrãs e iluminação por oito milhões de euros.

Então o ponto eram os 4 ou 5 milhões do altar? Desta infraestrutura que vai ficar? Destes 35 milhões de investimento da Câmara de Lisboa, mais de 70% vai ficar para a cidade. Estamos a falar em transformar toda uma zona da nossa cidade para melhor.

Mas é possível baixar aquele custo? E a Mota-Engil, que tem um contrato assinado com a SRU, entende que isso é possível?

Nós fizemos algo que foi para além do que a lei nos obrigava. Não fizemos uma adjudicação directa normal. Nós fizemos uma consulta a várias empresas do mercado, negociámos os preços dentro daquilo que era um caderno de encargos. Nós estamos aqui a receber o Papa. O Papa tem condições de segurança de dignidade institucional. Estamos a falar numa figura que tem mais segurança que o Presidente dos Estados Unidos da América.

Não estamos a falar num palco, estamos a falar numa infraestrutura. Como é que o Papa vai subir a essa infraestrutura? Como é que desce em caso de emergência? Estamos a falar aqui do número total de 35 milhões de euros. Mas há um espanto sobre o número, há uma capacidade de dizer que se deveria rever. E eu, como presidente da Câmara, não sou o organizador. Eu sou o presidente da Câmara, que está à disposição para conseguir fazer as coisas. Dou o peito às balas.

Estamos em reuniões técnicas a ver daquilo que temos no palco o que é que podemos reduzir. Não lhe posso dizer ainda neste momento, porque isso tem que ser feito com todo o cuidado técnico e, portanto, estar a fazer aqui qualquer anúncio. Mas nos próximos dias iremos anunciar exactamente que poupanças é que podemos ter, tanto no palco, como também no Parque Eduardo VII.

Adaptar e redimensionar estas estruturas será na ordem dos milhares ou nos milhões?

Não vou aqui abrir qualquer expectativa. O que estou a fazer é um trabalho de engenharia sério. Os portugueses quiseram este evento e este evento tem que ter condições dignas e de segurança. Nós tivemos algo que eu penso que nunca deveria ter acontecido. Muitas destas plantas aparecerem nos meios de comunicação. Estamos a falar de segurança nacional, estamos a falar de segredo de Estado em relação a algumas destas coisas. Temos aqui uma figura que no mundo é das figuras que mais segurança precisa.

Temos de ver as condições de segurança, as condições da dignidade do próprio evento, aquilo que vai ser um parque que tem 100 hectares. Para as pessoas poderem ver o Papa nós temos de ter um palco digno. Dentro disso vamos retirar tudo, obviamente, o que pode não ser necessário.


O que é que pode não ser necessário?

Vamos ver, vamos ver. Obviamente que retirando, vamos ficar com um palco que não é o mesmo de anteriormente. As pessoas nem todas vão ver da mesma maneira, ou seja, as vistas não vão ser as mesmas. Mas eu acho que há um consenso para que isso aconteça e o presidente da Câmara está aqui para ajudar.

Tal obrigará a refazer o projecto. Há tempo para isso?

Nós já fizemos tudo o que tínhamos a fazer do ponto de vista técnico. Só não posso aqui dizer exactamente os números porque não os tenho.

O projecto já foi revisto?

Os engenheiros estão a rever todos os detalhes para minorar o custo e para conseguir fazer algo de um custo mais barato, mas ao mesmo tempo que tenha estas condições de segurança. Agora eu repito nós estamos a falar aqui de um custo que, no fundo, é uma pequena parte daquilo que é o custo de um evento como este.

Não estamos aqui a receber o Papa, nós estamos no maior evento de juventude do mundo, que envolve um milhão e meio de pessoas que vêm a Portugal, que estão seis dias e em que Portugal e Lisboa serão o centro do mundo. Vão-me ver sempre na linha da frente a defender este evento, porque este evento traz um retorno enorme para a cidade, porque é um evento que nos vai pôr no centro do mundo durante seis dias e ele tem que ser bem feito.

A garantia que eu dou aos lisboetas é que eu vou fazer bem, que vamos trabalhar este evento muito bem, com toda a redução que quisermos e conseguirmos. Mas vamos fazê lo muito bem e deve ser um orgulho para o país termos este evento nesta altura.

E em relação ao altar do palco do Parque Eduardo VII, será para manter será redimensionado? A Igreja faz muita questão que ele exista?

Nós estamos também a redimensionar o do Parque Eduardo VII. É uma opinião pessoal, é uma imagem absolutamente incrível de Lisboa. E, portanto, se conseguirmos realmente reduzir os preços para que esse palco seja um palco que tenha as condições necessárias, mais uma vez de segurança para o Papa, eu penso que seria de manter, mas com um custo muito inferior ao que estávamos a trabalhar.

Com D. Américo temos feito um grande trabalho de equipa. Ainda esta semana espero poder anunciar exatamente essas reduções. Com D. Américo Aguiar faremos uma conferência de imprensa e falaremos com os jornalistas. Vamos tentar fazer ainda esta semana se tivermos todos os valores.

Está fora de hipótese prescindir desse palco?

O que temos falado é conseguir reduzir ao máximo os custos desse palco. É uma opinião conjunta que deveríamos manter também esse palco, até para que as pessoas possam movimentar, não fiquem sempre no mesmo sítio. Tudo isto também tem aqui toda uma parte de mobilidade, segurança na cidade que é importante e, portanto, não pode ser visto apenas como o querer ou não querer um palco. Temos que ver como é que as pessoas vão movimentar, de onde é que vêm, para onde é que vão.

Será uma estrutura para acolher quantas pessoas?

Podem ter um milhão e um milhão e meio de pessoas na cidade nessa área. No Parque Eduardo VII, estamos a falar à volta de 700 mil pessoas. Estamos a falar de números que nunca foram vistos em Lisboa.

Lembram-se que no início disseram ‘Carlos Moedas não quer pagar’. Houve uma série de discussões. Aquilo que eu queria era saber o que é que é responsabilidade da Câmara Municipal E fui o primeiro a querer escrever este memorando com o Governo, que era um memorando em que cada um sabia exactamente aquilo que fazia.

Neste momento, depois de termos feito esse memorando, nós sabemos exactamente qual é a responsabilidade da Câmara Municipal. Na câmara municipla somos nos que fazemos. Não aceitamos nenhuma interferência do Governo nem de outras partes, como é óbvio. E isso vamos fazê lo em conjunção com a Igreja.

Tem havido alguma tensão com o coordenador do grupo de projecto e o representante do Governo, José Sá Fernandes. Disse Carlos Moedas que o coordenador sou eu. Vou coordenar diretamente tudo aquilo que será feito a partir de agora. Isso quer dizer exatamente o quê? Que José Sá Fernandes pode ir à vida dele, que o grupo de projecto já não é necessário e que pode até demitir-se?

Aquilo que eu disse era tudo o que é responsabilidade da Câmara Municipal e fui eu que o defini logo no início, com as reuniões que tive na altura com a senhora ministra Ana Catarina Mendes, que foi de decidir o que é que era o papel da Câmara Municipal. Nesse papel da câmara municipal mando eu com o meu vice-presidente. É essa a nossa responsabilidade.

Mas há responsabilidades que são transversais e que se cruzam com a do coordenador do grupo de projeto, como a segurança.

Há responsabilidades do Estado, que indicará e fará com quem quer. Eu trabalho diretamente com os ministros, com a senhora ministra Ana Catarina Mendes, com o senhor ministro Luís Carneiro, com quem temos uma excelente relação.

Eu tenho uma equipa e eles têm outra equipa. A equipa deles é quem eles quiserem. Não sou eu que me meto na escolha das equipas deles.

Quando tiver de tratar de alguma coisa vai tratar diretamente com a ministra Ana Catarina Mendes ou com o ministro José Luís Carneiro?

Como assim sempre fiz. É realmente a responsabilidade do Governo e, portanto, essa responsabilidade é feita pelos que aqueles que representam o Governo, não por aqueles que ajudam ou que são os funcionários do governo. Não sou eu que tenho de ter essa relação, que não foi mais com Sá Fernandes.


Não vai reunir-se mais com Sá Fernandes?

Não é esse o ponto. Eu nunca me reuni com o senhor José Sá Fernandes. Eu sempre me reuni com a senhora ministra Ana Catarina Mendes. E desde o início, aquilo que eu, quando cheguei, disse "Olha, nós temos uma folha em branco. Tudo isto está no vazio. E eu quero saber quais são as minhas responsabilidades.

Quando eu chego à Câmara Municipal havia uma folha em branco e havia uma decisão sobre um terreno que era onde é que seria a Jornada Mundial da Juventude. A partir daí eu quis saber o que é que eu tenho que fazer. Eu sou um engenheiro, sou um homem do detalhe.

Nós não aceitamos interferências de emissários ou comissários ou coordenadores do governo. Isso é entre o governo e esses comissários e os emissários.

O plano de segurança ou o plano de mobilidade estão a cargo do Governo. Isso está a ser articulado com a Câmara de Lisboa? Está preocupado com o andamento desses planos?

No que está na minha responsabilidade estamos mais avançados do que todos os outros. O plano de mobilidade obviamente preocupa-me, está a ser tratado entre os técnicos. É muito importante o ponto da mobilidade, como é que estas pessoas se vão mover dentro da cidade. Estamos a tratar a todos os níveis técnicos e nós estamos aqui a falar entre o Regimento de Sapadores Bombeiros, a Polícia Municipal e tudo isso está a ser coordenado para todos os eventos que fazemos em Lisboa.

Estamos a trabalhar a 300%. Agora não vale a pena entrarmos aqui numa politização do evento e isso é que eu realmente peço que não se politize este evento. Foi um evento que todos quiseram. É um evento que eu quero muito, que toda a Câmara Municipal quer muito. É um evento importantíssimo para a cidade e agora temos que avançar e fazer acontecer, em vez de estarmos a discutir quem é que faz o quê.

Não se sentiu isolado, ao longo das últimas semanas, até pelo próprio Presidente da República, que pediu logo explicações sobre o custo daquele palco?

É muito normal que o sr. Presidente peça essas explicações. Aliás, eu expliquei-lhe pessoalmente. Estamos sempre em contacto. Nunca me senti aqui isolado, nem sozinho. Agora sinto uma responsabilidade enorme. Temos de ter aqui um evento em que nada falhe.

Ficou a lidar sozinho com a questão do altar do palco. Ninguém saiu em sua defesa.

Eu não preciso que ninguém saia em minha defesa, porque eu estou muito consciente daquilo que tenho que fazer. Portanto, a minha primeira reação foi vamos tentar reduzir os custos. Vamos sentar com os engenheiros, vamos trabalhar nesta redução de custos.

Nunca me senti sozinho. Eu trouxe para a política uma maneira diferente de encarar a política, de não politizar as coisas, de estar com as pessoas, resolver os assuntos.

Em relação à segurança, confirma-se que nesses dias da jornada vai ser necessário fechar as fronteiras? Isso já está fechado?

É uma pergunta que tem que fazer ao ministro da Administração Interna. Temos de ter aqui uma segurança máxima das pessoas que entram e saem do país nessas alturas. E não é uma questão da Câmara Municipal. A minha opinião é que vamos ter que ter um controlo apertado de ver exactamente porque nós estamos aqui numa situação que obviamente não é para assustar, porque é uma situação de alegria, mas há que ter cuidados.

O normal será que as fronteiras fiquem fechadas nessa altura?

Isso é uma decisão que o ministro da Administração Interna terá que tomar. Eu posso dar uma opinião, mas nunca iria interferir numa decisão do ministro de Estado do nosso país.

A sua opinião é que deve haver um controlo?

Sem dúvida. Mas esse controlo é um controlo que deve existir exatamente pela dimensão do evento. Nós estamos a falar de um evento como nunca houve em Portugal e, portanto, há que ter todos os cuidados em relação à entrada no país de pessoas que possam ser perigosas para o evento, como em todos os eventos, mas neste deve ser redobrado.

Há algum estudo feito sobre a viabilidade económica e financeira da Jornada Mundial da Juventude. Temos ouvido alguns valores, mas nada de muito concreto, dado que o país decidiu acolher um evento desta envergadura. Há algum estudo feito sobre isso?

Nós temos os dados de Madrid. Na altura, em termos de investimento líquido, investiu 60 milhões, 65 milhões de euros e teve um retorno que foi de mais de 300 milhões. Mas a conta que eu há pouco fiz é uma conta muito simples de fazer. Directamente, se nós tivermos um milhão de pessoas que estejam em Lisboa durante uma semana, se elas gastassm 100 euros durante esta semana, o que é fácil, seriam 100 milhões de retorno.

Isso é só um retorno imediato para a economia portuguesa. A criação de emprego, o que vai acontecer à volta do evento, a quantidade de coisas que vai acontecer à volta deste evento vão criar emprego, vão criar oportunidades para as empresas portuguesas. Nós estamos aqui num evento que também tem uma parte económica muito importante.

É um retorno económico que é óbvio. Quando temos eventos como o Rock in Rio ou a Web Summit estamos a falar de 60 mil, 70 mil pessoas. Nós estamos aqui a falar de muito mais do que isso. Estamos a falar de dez vezes mais, de 20 vezes vezes.

O palco do Parque Tejo vai servir para esses dois eventos?

Esta infraestrutura a que chamamos palco, a que chamamos altar, deve ser reutilizada para o futuro. É utilizar toda a base que vamos ter, toda a infraestrutura, aquele teto que vai ser construído para poder fazer outros eventos. Isso é uma infraestrutura da Câmara Municipal e, portanto, a Câmara Municipal depois irá negociar com várias empresas para ver qual é aquela que permite uma utilização melhor desse futuro palco.

Não seria o momento de revelar que conversações é que tenho com determinadas empresas ou com determinados produtores que estão hoje também aqui a aconselhar-nos o que será o futuro daquele palco.

Mas não é só a infraestrutura. Vamos ter toda uma parte nova da cidade, uma parte nova, com equipamentos, com o verde que vai estar ali e que vai estar a mudar a cidade.

Neste investimento dos 35 milhões, 25 milhões são investimento para o futuro. Nós vamos ter aqui uma possibilidade. Vamos ter equipamentos que podemos comprar para os nossos bombeiros, vamos ter equipamentos de segurança, vamos ter equipamentos que podem ser depois reutilizados. Para o futuro e que, como temos um evento, vamos ter que os comprar e podemos aproveitar para manter na cidade.

E, portanto, estamos a falar não só de equipamentos de segurança, mas estamos a falar também no equipamento, que é todo um parque verde extraordinário que nós vamos ter na cidade.

Aquele espaço poderá vir a ser concessionado?

Obviamente que a Câmara Municipal não é especialista em eventos, portanto, vai ter que haver especialistas de eventos que façam eventos no palco. Obviamente temos a nossa empresa de cultura em Lisboa, EGEAC, que vai trabalhar e que nos está a ajudar também a pensar o futuro do palco.

Mas nós podemos ter ali eventos extraordinários, porque aquele sítio vai marcar. Daqui a dez ou 20 anos, as pessoas vão querer vir a Lisboa ver onde é que o Papa esteve e, portanto, aquilo é uma infra-estrutura, até mais do que um palco, mais do que um altar que é a infra-estrutura onde esteve o Papa naquele momento, naquele dia, onde todos estivemos unidos a pensar na paz, na diversidade.

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