20 jan, 2022 - 09:00 • Carla Caixinha , Inês Braga Sampaio , Cristina Nascimento
. A fechar foram feitas três perguntas para respostas SIM ou Não: Fazer referendo à eutanásia? Uma revisão do acordo ortográfico? Deve acabar-se com o dia de reflexão?
. João Cotrim Figueiredo é contra a lei de emergência sanitária, “no sentido em que se opõe a qualquer alteração que salte por cima dos direitos dos cidadãos”
. João Oliveira diz que “PS percebe que os portugueses não querem maiorias absolutas e procura empurrar para o Presidente as decisões”
. Francisco Rodrigues dos Santos diz “que ninguém quer casar com António Costa”
. Inês Sousa Real afirma que a pandemia provou que “a saúde do planeta, a saúde humana e a saúde animal são uma só”
. Rui Tavares diz que o Livre é contra as centrais nucleares em Portugal, porque “são caras e perigosas”
. Catarina Martins lembra que “as pessoas têm má memória de maiorias absolutas e lembram-se da EDP e da saúde privada”
. António Costa classifica os outros partidos como “uma maioria de desgoverno”
. CDS diz que não vai para o poder a todo o custo. Quer um Governo com máximo de 13 ministérios e uma pasta da Defesa
. Bloco insiste na ideia de um Governo escrito. “Para que é que o PS quer a maioria absoluta?”
. PCP não descarta hipótese de participar num Governo à esquerda. "Precisamos de uma política que responda aos problemas das pessoas”
. PS defende uma maioria como solução segura. Costa começou por saudar quem não “desertou do debate”
. Livre defende auditoria de deputados, debate sobre o ambiente e criação da secretaria de Estado do Futuro
. PAN propõe reformulação de ministérios e quer dar prioridade às alterações climáticas
. IL propõe redução do número de ministérios. "Um Governo com 13 ou 14 Ministérios é "sinal de pouco foco"
. Debate arranca sem Rio ou Ventura e Costa atrasado
Todos contra maioria absoluta do PS. O arranque foi um debate em torno de alianças. Os partidos à esquerda e direita do PS alertaram para os riscos de uma maioria absoluta, enquanto António Costa insistiu que o Presidente da República lhe imporá limites, como fez Mário Soares.
Estas posições foram assumidas num debate entre sete dos nove partidos que conseguiram representação parlamentar nas últimas legislativas - os líderes do PSD e Chega faltaram alegando motivos de campanha eleitoral - transmitido em simultâneo nas rádios Antena 1, Renascença e TSF, a partir das instalações da RTP, em Lisboa.
“Ecogeringonça” gera tensão. O tema da energia nuclear dividiu possíveis parceiros de 'ecogeringonça', com PS a recusar o seu uso e Tavares a apontar que o Livre apenas defende que se deve seguir o desenvolvimento de novas tecnologias, eventualmente mais seguras.
O debate trouxe unanimidade numa resposta. Fará sentido um referendo à eutanásia? Todos os partidos responderam prontamente que não, tendo António Costa comentado que falta saber o que pensam os que estiveram ausentes.
As jornalistas Natália Carvalho (Antena 1), Judith Meneses e Sousa (TSF) e Susana Madureira Martins (Renascença) foram responsáveis pelas questões e pela moderação do debate.