Meia centena de banhistas picados por alforrecas no Algarve. Capitania emite aviso

06 jul, 2023 - 18:11 • Redação

Alforrecas e medusas em praias da zona de Vila Real de Santo António e Tavira, no sotavento algarvio. Saiba o que fazer se for picado.

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Cerca de 50 banhistas apresentaram sintomas de urticária pelo contacto com alforrecas. A Capitania de Vila Real de Santo António emitiu um aviso à população.

Em declarações à Renascença, o comandante Afonso Martins, da Capitania do Porto de Vila Real de Santo António, alertou para o perigo da espécie aquática.

“Este ano tivemos uns números superiores ao que tem sido habitual, nomeadamente, numa segunda ocorrência em particular na passada terça-feira, em que cerca de 50 a 60 pessoas apresentaram sintomas de urticária de comichão e, ao que tudo indica, pelo contacto com as designadas alforrecas.”

O comandante Afonso Martins explica que "estes animais acabam por ter uns tentáculos muito grandes, muitas das vezes dão à costa, normalmente quando o vento está de sudeste e também chamado levante, que empurra para terra estes animais e que obviamente os coloca em contacto com os banhistas”.

Em relação à presença de caravelas-portuguesas, espécie da família das alforrecas, nas praias de Vila Real de Santo António e Tavira, o comandante negou, dizendo que não são verificadas neste momento. Porém, alertou para o perigo desta espécie.

“Não. Embora estes animais sejam todas da mesma família, do mesmo género, são todos animais de origem gelatinosa, não há registo de avistamento de caravelas portuguesas na costa sul. O que sabemos é que as caravelas são bastante mais perigosas, os cuidados até são diferentes. Dizer que nos avisos que estão promulgados, as próprias caravelas são tratadas especificamente, porque os cuidados a ter são também específicos e diferentes.”

O que fazer em caso de contacto com uma alforreca?

A Capitania do Porto de Vila Real de Santo António deixa, em comunicado, alguns conselhos aos banhistas se forem picados por alforrecas, medusas ou caravelas portuguesas:

  • Evitar o contacto com estes animais aquáticos gelatinosos;
  • Em caso de picada, dirigir-se de imediato ao nadador-salvador;
  • Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;
  • Não usar água doce, álcool ou amónia;
  • Não colocar ligaduras;
  • Lavar com cuidado com a própria água do mar;
  • Retirar com cuidado os tentáculos da água-viva (caso tenham ficados agarrados à pele) utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico ou água do mar;
  • Se possível, aplique bicarbonato de sódio misturado em partes iguais com água do mar;
  • Aplicar frio (água do mar gelada ou bolsas de gelo) no local atingido para aliviar a dor (o gelo não pode ser aplicado diretamente na pele, deve ser enrolado num pano);
  • Tomar um analgésico para aliviar a dor;
  • Aplicar uma camada fina de pomada própria para queimaduras.

Para informação complementar sobre alforrecas, medusas ou caravelas-portuguesas pode consultar o site GelAvista, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

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  • Eugénia Maria dos Sa
    11 jul, 2023 Loulé 17:51
    Estou em VRSA a passar uns dias. Quando, em finais de Junho, avistei uma alforreca já lá estava um banhista que dizia ser uma caravela portuguesa. Depois outro banhista informou-me tratar-se de uma alforreca. Dado o tamanho da espécie fui ter com o nadador salvador dizendo-lhe que seria um perigo quando a maré começasse a subir, se não podia tirá-la dali, disse-me que não. É mesmo assim não se pode removê-las com uma pá? Eugénia Lopes.

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