Primeiro-ministro espanhol admite ter errado ao confiar no tesoureiro

01 ago, 2013 - 11:31

Mariano Rajoy garante que não se vai demitir, apesar de a oposição socialista exigir a sua saída do Governo, acusando-o de faltar à verdade, o que é "prejudicial para Espanha".

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O chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy apresentou esta quinta-feira a sua versão sobre o caso de alegado financiamento ilegal do seu partido, escândalo que tem abalado Espanha. No Parlamento, reconheceu ter errado ao confiar no ex-tesoureiro do Partido Popular (PP), Luis Bárcenas, figura central do caso.

“Não tinha razões para desconfiar dele. Acreditei na sua inocência e dei-lhe apoio, até chegarem dados de contas milionárias na Suíça, em seu nome”, revelou.

"Cometi um erro ao manter a confiança em alguém que nós sabíamos que não a merecia", acrescentou.

Luis Bárcenas já confessou a existência de financiamentos ilegais e uma lista de distribuição de verbas não tributadas a figuras de topo do partido no poder em Espanha.

Na sua declaração inicial, o primeiro-ministro garantiu estar de consciência tranquila em todo o processo e não se sentir ameaçado por uma qualquer moção de censura da oposição.

Valorizou, por outro lado, o comportamento da economia espanhola e revelou que os números a divulgar amanhã, que apontam para uma redução da ordem dos 340 mil desempregados.

Justificou a sua presença no Parlamento para "travar a erosão da imagem de Espanha que alguns cultivam" e desmentir "manipulações e insinuações maliciosas".

"Nada relacionado com esta questão me impediu ou vai impedir de governar. Nada disto atinge, limita ou condiciona a agenda do Governo", garantiu ainda, reafirmando que não se demite.

Opinião diferente tem o líder socialista, que acusa Mariano Rajoy de mentir.

"Por isso, peço que se demita", afirmou o chefe do PSOE.

Durante o debate, os deputados do PP tiveram ordens expressas para defender o seu líder, e presidente do Governo, do ataque que cerrado prometido pelos socialistas.
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